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OMS pede que Europa volte a adotar restrições para conter coronavírus

Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou dados que alertam para novo pico no continente; na última semana, 2 milhões foram infectados em toda a Europa; o vírus matou 27 mil no mesmo período; líder da agência reafirma que dose de reforço é um “escândalo” enquanto ainda há vulneráveis sem proteção

Nesta última sexta-feira (121) a OMS advertiu comunidade europeia a retornar com medidas restritivas | Mapa: Reprodução

Enquanto o Espírito Santo comemorou nesta última sexta-feira (12) o 81º Mapa de Risco Covid-19, que terá vigência desta segunda-feira (15) até o próximo domingo (21), como uma área livre para o novo coronavirus em 77 dos 78 municípios, no mesmo dia a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu para nova onda do Covid na Europa e recomendou a volta de restrições. Enquanto no Espírito Santo apenas o município de Afonso Cláudio) foi classificado em Risco Moderado.

Já a OMS trabalha com pé no chão e nesta sexta-feira, diante do aumento de casos de Covid-19 na Europa na última semana há motivos de preocupação. Em entrevista coletiva, o diretor de Emergências da entidade, Michael Ryan, disse que alguns países estão em uma situação tão complicada que dificilmente não terão que voltar atrás nas medidas de flexibilização.

“Na Europa, agora, temos uma transmissão intensa”, disse Ryan. “Quanto mais intensas as interações sociais e quanto mais ocorrerem em lugares não ventilados, sem uso de máscaras, maior será o risco, principalmente nos países de baixa cobertura vacinal”, afirmou. Quase duas milhões de novas infecções foram notificadas no continente na última semana. No mesmo período, o número de mortes foi de 27 mil, representando mais da metade de todas as vítimas deixadas pela doença em todo o mundo.

No mesmo dia o Governo do ES anunciou o 81º Mapa de Risco, onde o Estado está praicamente livre de Covid | |Mapa: Governo do ES

Cuidados

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, explicou que as infecções não estão aumentando apenas em países com taxas de vacinação mais baixas, mas também em algumas nações com o maior contingente de imunizados da região. Ele afirmou que o crescimento dos índices é mais um lembrete de que “as vacinas não substituem a necessidade de outras precauções”.

O líder da OMS reforçou que embora as vacinas reduzam o risco de hospitalização, doenças graves e morte, elas não previnem totalmente a transmissão. Assim, a entidade continua a recomendar o uso máscaras e distanciamento físico, especialmente em locais sem boa ventilação, assim como a testagem de pacientes.

Vacinação

Segundo Tedros, “não faz sentido” dar reforço a adultos saudáveis, ou vacinar crianças, enquanto os profissionais de saúde, idosos e outros grupos mais vulneráveis ainda aguardam a primeira dose.

Tedros Ghebreyesus afirmou que diariamente há seis vezes mais doses de reforços administradas globalmente do que primárias em países de baixa renda. Ele definiu a situação como “um escândalo que deve parar agora”.

Ele também afirmou que a Covax, a iniciativa mundial liderada pelas Nações Unidas que busca o acesso equitativo às vacinas, já entregou quase 500 milhões de vacinas para 144 países e territórios.  De acordo com a OMS, apenas a Eritreia e a Coreia do Norte ainda não começaram a imunização.

Campanha eleitoral antecipada no Brasil e o Covid

Para médicos brasileiros envolvidos na pandemia o problema do Brasil é as eleições do ano que vem, que vem fazendo, além do próprio presidente negacionista ao vírus do Covid, Jair Bolsonaro (sem partido), os próprios governadores em busca da reeleição ou de se lançarem candidatos ao Senado ou em outro cargo eletivo. Nas agendas de governadores, que estão em plena campanha eleitoral, o interesse é a assinatura diária de ordens de serviço e de inaugurações eleitoreiras com o máximo de aglomeração de pessoas.

Nas agendas de governadores há anuncio de obra, inauguração de quadras poliesportivas, ordens de serviço de estradas vicinais, comemoração de datas alusivas, entrega de prêmios, apresentação de planos de investimentos, assinatura de ordem de serviço para reforma de escola, entre outras dezenas de motivos. Em todos esses eventos de campanha eleitoral antecipada há convites para aglomeração. Pandemia de Covid? Ah isso é lá na Europa, alegam.