Enquanto os brasileiros são penalizados pela fome e pelo desemprego, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz tournée de cinco dias em países árabes e se hospeda por quatro dias no mais caro e luxuoso hotel de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Na festiva viagem está sendo realizada sob o pretexto de participar da Expo 2020, a exposição universal, que tinha sido adiada devido a pandemia do Covid-19. No passeio, pago integralmente pelo contribuinte brasileiro, Bolsonaro levou uma imensa comitiva.
Ele levou junto na viagem a mulher, Michelle Bolsonaro, os filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro, os ministros: Paulo Guedes (Economia), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Defesa) e Carlos França (Relações Exteriores). Participam da viagem ainda os secretários Flávio Rocha, de Assuntos Estratégicos, e Mário Frias, da Cultura e até vereadores desconhecidos e o político capixaba derrotado nas eleições de 2018, o ex-senador Magno Malta.
Luxo incompatível com realidade brasileira
Bolsonaro e sua troupe se hospedaram no Habtoor Palace Dubai, que oferece muito luxo e com preços incompatíveis para a realidade brasileira. As suítes tem diária com preços que chegam a R$ 83 mil e pode ficar na mesma suíte até 12 pessoas. Clique aqui e confira os preços, cujos valores estão na moeda local, o dirham (AED). Bolsonaro e seus convivas ainda vão desfrutar na viagem uma ida até Abu Dhabi, capital dos EAU e depois dar uma “esticada” até o Bahrein e o Catar.
No mês passado quem foi passear em Dubai, obviamente financiado com dinheiro público, foi o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sob o pretexto de participar de uma missão internacional. Naquela ocasião, Eduardo foi criticado nas redes sociais por gastar o equivalente a R$ 955,00 para fazer uma foto vestido de árabe juntamente com a sua mulher, Heloísa Bolsonaro e a filha. Naturalmente que quem pagou a foto foi o contribuinte brasileiro.