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Comunidade indígena guarani mboapy pindó será indenizada por crime ambiental do Rio Doce

A Samarco, Vale e BHP Billiton ainda não ressarciram os indigenas pelo crime ambiental que cometeram há seis anos | Foto: DPES

As 56 famílias da aldeã de 3 Palmeiras, da comunidade guarani mboapy pindó, em Aracruz (ES), serão indenizadas pelos danos decorrentes do crime ambiental das mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, ocorrido em 2015 que destruiu o Rio Doce e contaminou seus peixes. O acordo foi viabilizado pela Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo e demais instituições de justiça, junto à Fundação Renova.

De acordo com o defensor público, Rafael Portella, do Núcleo de Atuação em Desastres e Grandes Empreendimentos (Nudege), além do direito de autodeterminação das comunidades indígenas, o acordo reconhece a pluralidade de atividades afetadas.

Reparação imaterial e coletiva

“Percebemos que a necessidade de um programa específico de retomada das atividades econômicas e um compromisso de construção e efetivação do plano básico ambiental indígena, que prevê medidas de reparação de caráter imaterial e coletivo, com enfoque em ações de natureza estruturante para garantir a autonomia econômica da comunidade”, avalia o defensor.

O acordo firmado pelos guarani mboapy pindó segue o mesmo modelo acordado pelo território indígena de Comboios, assinado em outubro deste ano, que previu a indenização de 303 famílias indígenas.