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Ministério Público do RJ anuncia investigação para apurar chacina da PM contra oito pessoas

Sem direito a julgamento, PM do RJ promove chacina e mata oito pessoas | Foto: Redes sociais

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou que instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) próprio para investigar a chacina de oito pessoas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, naquele Estado, durante uma operação realizada. O assassinato feito pelos PMs cariocas, sem chance de as possíveis pessoas envolvidas com o crime terem direito a um julgamento, foi mais uma ação violenta de policiais incentivados pela política do ódio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Nas redes sociais, os moradores que diante da ausência de peritos da Polícia Civil no local, foram os que recolheram os corpos em uma região de manguezal, relataram que os corpos tinham sinais de tortura. “Os corpos estão todos jogados no mangue, com sinais de tortura. As pessoas, uma jogada por cima da outra. Estava com sinal totalmente de chacina mesmo”, relatou um desses moradores á imprensa.. “(Um) muito conhecido da gente aqui morreu. A gente estava gritando no mangue para ver se consegue tirar, mas todos mortos”, disse outro morador.

PM justifica a chacina dizendo que houve confronto

Como sempre ocorre nesses casos, a Polícia Militar do Rio de Janeiro, disse através do seu porta-voz, tenente-coronel Ivan Blaz, que houve um “confronto’. Blaz ainda disse que a ação policial foi desencadeada após “denúncias de bandidos estarem fazendo o uso de escolas, inclusive, para o tráfico” e que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado por causa do assassinato do sargento Leandro Rumbelsperger da Silva.

Em nota, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) informou que recebeu relatos de violência pela Ouvidoria do órgão e que vai ao local coletar informações sobre o ocorrido “para as medidas, inclusive judiciais, que se fizerem necessárias em defesa dos moradores, vítimas e seus familiares. “A instituição informa que sua Ouvidoria comunicou o fato ao Ministério Publico, para a adoção de medidas cabíveis a fim de interromper as violações. E que o órgão também está em contato com as lideranças locais prestando orientações necessárias”, declarou a DPEJ.