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A volta da fome no governo Bolsonaro já leva pessoas a desmaiar em postos de saúde

Com a inflação e desemprego disparando, a volta da fome no Brasil levou a campanhas como essa | Imagem: Greenpeace

No país com 41% da população brasileira ou 84,9 milhões de pessoas passando fome, em uma reportagem do jornalista Felipe Pereira o portal TAB do UOL divulgou nesta segunda-feira (29) o que já era previsível no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As pessoas estão desmaiando de fome. Isso foi constatado na Unidade Básica (UBS) de Saúde Jardim Três Corações, na zona sul de São Paulo. O fato virou rotina naquela UBS, segundo relato da médica Daniela Silvestre, que já viu outros casos semelhantes. Do total de brasileiros afetados, 27% vivem com insegurança alimentar leve, quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, além de perda na qualidade dos alimentos a fim de não comprometer a quantidade de alimentação consumida.

A injustiça social que vem sendo feita pelo presidente de extrema-direita vem sendo denunciado nos últimos dias. “O uso de mentiras e desinformação tenta desviar o foco da realidade: nos tempos de Lula, o povo comia, havia emprego e perspectivas de futuro. O combate à fome e à miséria era o principal objetivo de um governo democrático, participativo e de concertação social, que colocava os pobres no centro do orçamento e fazia a economia crescer com distribuição de renda e diminuição de desigualdades. A situação é diametralmente oposta ao cenário de destruição dos tempos de Bolsonaro”, diz o portal oficial do ex-presidente Lula.

Lula tem lembrado em suas redes sociais que o brasileiro deixou de comer itens básicos no café da manhã, como pão | Foto: Reprodução

Inflação descontrolada

“No Brasil de Bolsonaro, a inflação descontrolada – principalmente dos alimentos -, desemprego nas alturas e ausência de aumento real do salário mínimo levam ao triste quadro de volta galopante da fome e da miséria. Pesquisas apontam que 85% dos brasileiros deixaram de consumir algum alimento desde janeiro de 2021. A realidade cruel importa por Bolsonaro é de uma inflação ainda maior para os mais pobres”, prossegue a portal porta voz do ex-presidente.

A inflação acumulada dos últimos 12 meses ficou em 9,67% para os brasileiros que ganham acima de oito salários mínimos, mas foi de 10,63% para os mais pobres, que ganham entre um e três salários. É uma diferença de quase um ponto percentual. Já para a faixa que ganha entre três e oito pisos nacionais, o índice foi de 10,38%. A quantidade de 84,9 milhões de famintos no governo Bolsonaro foi a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), a mais recente divulgada pelo IBGE, e compreendem o período entre 2017 e 2018. Ou seja, a situação atual é bem maior. Os 41% de famintos no Brasil

O senador Contarato comentou nesta segunda-feira o contraste da miséria e dos ricos cada vez mais ricos | Imagem: Twitter

Contarato

Nesta manhã de segunda-feira o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) publicou a sua indignação na conta que mantém no Twitter: “Precisamos de medidas que revertam essa desigualdade. Uma delas é taxar as grandes fortunas. Não é razoável que quem seja rico fique cada vez mais rico, enquanto imensa parcela da população vive em condições miseráveis”. Minutos depois, o senador capixaba publicou: “O imenso abismo entre pobres e ricos no Brasil só aumenta! Enquanto 40 novos bilionários entram na lista da Forbes, temos a 4ª maior taxa de desemprego do mundo. São 13,7 milhões de trabalhadores sem oportunidades, enquanto cresce o grupo dos super ricos.

Em São Paujlo, a secretária-executiva municipal de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde, Sandra Sabino, fez um levantamento logo que soube dos casos de desmaios por fome nas unidades de saúde. E descobriu situações idênticas em quase toda a periferia de São Paulo. A lista de bairros inclui São Mateus, São Miguel Paulista, Guaianazes, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Grajaú, M’Boi Mirim, Parelheiros, Jardim Ângela, Pirituba e Perus.

O ex-presidente Lula tem lembrado que o  preço médio do quilo do arroz em São Paulo em 2011 era de R$ 1,86, enquanto o do feijão era de R$ 3,45. Em outubro de 2021, os preços são R$ 4,00 e R$ 6,91, respectivamente. O aumento foi de 100% para o feijão e 115% para o arroz. Segundo o Datafolha, 36% das pessoas parou de comer feijão e o arroz deixou de aparecer nas panelas de 34% dos brasileiros desde janeiro de 2021.