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Delegado alerta que fios de baixa qualidade da Luzzano podem ter sido comercializados desde 2015

O alerta do delegado capixaba de Polícia Civil, Eduardo Passamani, que lidera as investigações da empresa Luzzano Condutores Elétricos do Brasil, interditada por produzir fios com risco de gerar incêndios e aumento na conta de energia elétrica, é que ao contrário do que se imaginava. A empresa vinha despejando no mercado seus fios sem qualidade bem antes de 2019

Construções feitas a partir de 2015 devem verificar se a fiação é da marca de baixa qualidade Luzzano e fazer a troca | Foto: Divulgação

O delegado Eduardo Passamani que lidera as investigações, participou de reunião da Comissão de Defesa do Consumidor fez o alerta nesta última segunda-feira (29) durante reunião virtual da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). O delegado Passamani, que integra a Operação Elétron em parceria com o colegiado da Ales, disse que  as investigações feitas pela Polícia Civil (PC) apontam indicativos de fiação produzida com irregularidade desde 2015, e não só desde 2019.

“Desde 2015 esse material pode estar sendo produzido de forma irregular”, pontuou o titular da Delegacia de Defesa do Consumidor. Passamani também comentou sobre o caso de Jailson Alberto Preciso, responsável por obra em Laranja da Terra, que comprou mais de 8 mil metros de cabos da Luzzano, empresa investigada.

Passamani durante reunião virtual trouxe alerta de que a Luzzano despejava no mercado fios sem qualidade desde 2015 | Foto: Ales

Irregularidades confirmadas pelo Ipem

“O Ipem (Instituto Estadual de Pesos e Medidas) já confirmou que o material está em desconformidade, apresenta também irregularidade que leva ao aumento de consumo de energia e o risco de incêndio. ” A orientação do titular é que as pessoas que adquiriram a fiação da marca procurem a Comissão de Defesa do Consumidor ou a delegacia para fazer a ocorrência.

Segundo afirmou, a PC conseguiu o bloqueio de parte do patrimônio do empresário envolvido nas irregularidades para garantir o ressarcimento financeiro das empresas que instalaram essa fiação. “Recebeu em inconformidade, faça uma nova instalação, desinstale esse fio, esse fio é perigoso. Registre a ocorrência”, orientou Passamani.

Pico de energia

Aliny Maria Alves e Daniele Curti, moradoras de Costa Bela, na Serra, criticaram os constantes picos na rede elétrica que têm causado prejuízos (devido aos eletrodomésticos “queimados”) a quem reside ou tem comércio na região. Conforme os relatos, um transformador é insuficiente para garantir a demanda do bairro e cobraram ações da EDP. Elas reforçaram a reclamação feita pela vereadora Elcimara Loureiro (PP).

O representante da concessionária, Orlando Sena, adiantou que, nesta quarta-feira (1°), técnicos da empresa vão voltar ao bairro e dessa vez vão instalar um aparelho para fazer a medição gráfica mais ampla da rede elétrica por sete dias consecutivos em busca de oscilações. A projeção é que o relatório de monitoramento fique pronto em 9 de dezembro.

O presidente da comissão, Vandinho Leite (PSDB), sugeriu que o caso volte à pauta em reunião após a data final do relatório. Também participou do encontro desta segunda-feira o deputado Delegado Danilo Bahiense (sem partido).