Utilizar tecnologias para reduzir o número de atropelamentos de animais em trechos da Estrada de Ferro Vitória-Minas. Esse é o objetivo do Grupo Trilhando Caminhos, formado por dois estudantes da Ufes e uma aluna do Instituto Federal de Educação Tecnológica (Ifes), que nesta semana foi anunciado como o vencedor da segunda edição do Desafio Atitude Ambiental. Os vencedores do prêmio são os estudantes Pedro Vinicius Sartori e João Vitor Silva, do curso de licenciatura em Ciências Biológicas do Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (CCENS), do campus de Alegre, e Suzanne Aragão, do curso de Engenharia Química do Ifes – Vila Velha.
Com a premiação, o grupo vai desenvolver, por seis meses, o projeto Inovação sustentável e tecnológica por meio de vibrações ultrassônicas para mitigar o problema de animais atropelados em ferrovias. O mecanismo tecnológico adotado será o uso de ondas ultrassônicas nos trechos mais críticos para os animais – domésticos, gado bovino, suíno, caprino, principalmente e, eventualmente, a fauna silvestre – répteis, anfíbios, pequenos mamíferos. A operação será realizada nos momentos de passagem dos trens e, assim, buscar afugentar os animais que estiverem às margens da ferrovia. Os trechos com mais registros de atropelamentos serão apresentados pela Vale, operadora da estrada de ferro.
O Desafio Atitude Ambiental é um convite feito pela mineradora Vale para estudantes universitários e de nível técnico apresentarem soluções conectadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O objetivo é impulsionar soluções criativas e inovadoras relacionadas a temáticas de sustentabilidade nas comunidades.As temáticas dos desafios foram baseadas em dois pilares: resíduos sólidos e fauna. Os participantes contaram com mentoria, palestras e, o projeto vencedor, receberá uma linha de fomento para aquisição de bens e/ou serviços para a continuidade do projeto, como mentoria.
Locais críticos
Também serão observadas as indicações dos locais mais críticos que foram apontados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no processo de licenciamento ambiental do empreendimento. O grupo de pesquisa utilizará dois aparelhos tecnológicos, sendo que um deles fará a detecção do movimento do trem, associado a um transmissor de sinal loT, que permitirá a comunicação entre os aparelhos. O outro equipamento terá emissores sonoros de ultrassons. “Ambos serão carregados por meio de pequenos painéis solares”, explica Sartori.
O estudante acrescenta que, no momento, a equipe tem o protótipo do equipamento, que deverá ser produzido no decorrer do programa. O grupo será acompanhado e orientado por equipes de mentores designados pela Vale, promotora do Desafio Atitude Ambiental, e pela sua parceira técnica no projeto, a empresa Molaa.
Causa ambiental
“Nós acreditamos que essa vitória é uma oportunidade para conhecermos mais a realidade na nossa área de atuação, como envolvidos na causa ambiental”, ressalta Sartori. “O prêmio agregará muito em nossos currículos, além de novas experiências para o nosso futuro profissional”, conclui.
Os dois estudantes da Ufes atuam em projetos de pesquisa sobre áreas de risco à biodiversidade e processos ecológicos em estradas, e são orientados pelo professor Aureo Banhos, do CCENS.
Segundo a Vale, o Desafio Atitude Ambiental é um convite para estudantes universitários e de nível técnico apresentarem soluções conectadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é impulsionar soluções criativas e inovadoras relacionadas a temáticas de sustentabilidade nas comunidades.