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Curso de graduação em Engenharia Elétrica da Ufes celebra 50 anos de existência

O curso de Engenharia da Ufes é considerado como um dos melhores do Brasil | Foto: Ministério da Educação

Reconhecido como um dos melhores cursos do Brasil, o curso de Engenharia Elétrica, do Centro Tecnológico (CT) da Ufes, comemora neste ano de 2021 seus 50 anos de existência. Com mais de 1.700 engenheiros eletricistas formados, atuando nas mais diversas áreas do conhecimento e em instituições no país e no exterior, o curso vem reforçando, a cada ano, a sua importância na formação de profissionais qualificados para o mercado de trabalho e no desenvolvimento científico e tecnológico nacional. Desde a criação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), em 2004, o curso de Engenharia Elétrica da Ufes foi classificado com notas sempre acima de 4, sendo que nas duas últimas edições (2017 e 2019) obteve nota 5 (a nota máxima).

Atualmente, o curso de graduação conta com 462 estudantes matriculados e possui um corpo docente de 36 professores. Em média, são formados 50 alunos por ano.

Entre os melhores cursos do Brasil

“Além de um curso de qualidade, o envolvimento de muitos de nossos professores com pesquisa oferece aos nossos alunos oportunidades de iniciação científica, complementando a sua formação com participação em projetos e desenvolvimento de pensamento científico, elementos fundamentais para o desenvolvimento e inovação tecnológica de um país. Nosso curso faz bonito nos exames de avaliação, mostrando a qualidade da formação dada aos nossos alunos, assim como a competência profissional adquirida por eles, e reafirmando a nossa posição entre os melhores cursos de Engenharia Elétrica do país”, ressalta a coordenadora do curso, professora Raquel Frizera Vassallo.

Ela enfatiza ainda que, para acompanhar o desenvolvimento tecnológico e atender cada vez mais o tripé ensino, pesquisa e extensão, que representa a missão da universidade, o projeto pedagógico do curso vem sendo modificado e modernizado constantemente.

“Como determinado pelo Plano Nacional de Educação e estabelecido pelo Conselho Nacional de Educação, a partir de 2022, teremos um novo projeto pedagógico em vigor, onde nossos alunos, além de participar das atividades de ensino e pesquisa, deverão se dedicar a atividades de extensão em um total de 10% da carga horária do curso. Isto permitirá que nós, enquanto curso, professores e alunos, possamos contribuir mais efetivamente para a comunidade externa à universidade, usando nosso conhecimento em prol do coletivo”, conclui.

Pós-graduação completou 30 anos

Vassallo lembra que, neste ano de 2021, também são comemorados os 30 anos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) e os 15 anos do Programa de Educação Tutorial da Engenharia Elétrica (PET Elétrica). O PPGEE oferece os cursos de mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica, avaliados com conceito 5 (muito bom) pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e já formou mais de 300 mestres e 100 doutores.

Já o PET Elétrica é um programa que consiste em promover e desenvolver o tripé acadêmico ensino, pesquisa e extensão, contemplando alunos e a sociedade civil. Atualmente, conta com 18 projetos acadêmicos que contribuem para o profissionalismo dos estudantes. Ao longo desses anos, cinco tutores e mais de 100 alunos bolsistas participaram do programa.

Para celebrar as três datas, o PET Elétrica editou o primeiro número da revista eletrônica comemorativa Painel,  na qual aborda as principais conquistas e realizações do curso.

História

O curso de Engenharia Elétrica da Ufes foi criado por meio da Resolução nº 22/71, mas as atividades acadêmicas tiveram início em 1972.

A motivação para a sua criação foi o começo da implantação dos chamados “grandes projetos”, como as construções da usina hidrelétrica de Mascarenhas, do porto de Tubarão, das usinas de pelotização e das implantações da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), atual ArcelorMittal Tubarão, e da Aracruz Celulose, atual Suzano Papel e Celulose.

A primeira estrutura curricular do curso era dividida em um ciclo básico de dois anos, comum a todas as engenharias, e um ciclo profissional de três anos. Esta estrutura já previa um projeto de graduação e a realização de estágio supervisionado. Nela não havia disciplinas optativas.

Em 1981, entrou em vigor uma nova estrutura curricular, que criava especializações em Telecomunicações, Eletrotécnica e Eletrônica. As disciplinas eram divididas em blocos e continuava a haver uma distinção clara entre ciclo básico e profissional. Não havia mais a obrigatoriedade de se fazer um projeto de graduação. Em 1990, foi criada uma nova estrutura curricular, reinserindo o projeto de graduação e praticamente não permitindo flexibilidade no currículo, pois não havia disciplinas optativas.

Em 1996, foi criada uma nova estrutura curricular na qual foram introduzidas ênfases que possibilitam o aprofundamento de estudos e/ou conhecimentos em certos campos sem detrimento da formação generalista. O uso de ênfases e de disciplinas optativas permitiu que um aluno, já com uma formação generalista, pudesse aprofundar seus conhecimentos dentro de áreas específicas como Eletrônica, Sistemas de Energia, Telecomunicações e Computação.

A última reformulação ocorreu em 2009, quando foi elaborado um novo Projeto Político e Pedagógico (PPC), que trouxe alterações como a inclusão da ênfase em Controle e Automação, maior flexibilidade na escolha das disciplinas optativas e na oferta de disciplinas e regulamentação das atividades complementares, entre outras. As atualizações têm o objetivo de fazer frente às inovações tecnológicas e às demandas do mercado de trabalho.