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Estudantes se mobilizam para combater novo aumento para o Transcol, concedido pelo governo do PSB capixaba

Estudantes estão se mobilizando para protestar contra o novo aumento dado pelo governo Casagrande, que segundo eles o beneficio foi para “garantir o reajuste dos lucros”. Nova tarifa entra em vigor neste domingo (9)

Estudantes prometem lutar para a reversão do aumento no Transcol,que beneficia a lucratividade dos empresários | Imagem: Instagram

Apesar de os contribuintes do Espírito Santo doarem neste para os bolsos dos donos dos ônibus do Transcol, através de subsídio garantidos pelo atual governador do Partido Socialista Brasileiro (PSB) Renato Casagrande o valor de R$ 126,94 milhões, além do fornecimento de ônibus novos e de gastos diversos, como a lavagem dos terminais, a partir deste domingo (9) haverá novo aumento na tarifa. A doação de dinheiro público através de subsídio não é ilegal e é prevista em lei. O reajuste será de 5%, o que fará a passagem ir dos atuais R$ 4,00 para R#$ 4,20.

O governador do PSB conseguiu emplacar no Orçamento deste ano a doação de R$ 126,94 milhões em subsídio para os empresários

Por dia, o usuário, quer seja empregado, desempregado ou até mesmo aqueles que integram o exército de milhões que voltaram a passar fome no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) vão ter de conseguir R$ 8,40 para ir e voltar. Por mês será R$ 252,00 ou 21% do salário mínimo bruto de R$ 1.212,00 (valor esse sem os descontos legais). Mas, o governador socialista não deverá ter a tranquilidade que deseja neste ano eleitoral, onde pretende renovar o mandato por mais quatro anos.

O sistema Transcol continua oferecendo um péssimo serviço aos passageiros, agravado com a medida para elevar o lucro através retirada dos trocadores dos veículos. Para isso ocorrer, em conjunto com o atual governo do Estado foi implantado o sistema com ônibus sem janelas e com um ar condicionado insuficiente para amenizar o calor do Verão tropical. O ar condicionado não dá conta e a caixa envidraçada proporciona temperaturas acima dos 38 graus Celsius. (ao lado, foto de termômetro dos ônibus com ar condicionado)

O que diz a Ceturb

Em nota, a Ceturtb, a empresa do governo Casagrande que autoriza os aumentos e os demais benefícios para os empresários de transporte coletivo na Região Metropolitana de Vitória, n~]ao cita as doações em dinheiro e nem em bens materiais feitas pelo atual governo e diz que: “O realinhamento de preços é necessário para cumprir o contrato de concessão do sistema, assinado em 2014, que prevê reajustes anuais no mês de janeiro. O índice de reajuste aplicado ficou bem abaixo da inflação acumulada, que fechou o ano em 10,74% (IPCA)”.

Atualmente, o Sistema Transcol opera com 1,6 mil veículos na frota, aproximadamente 12,7 mil viagens diárias e 520 mil passageiros, por dia, considerando dias úteis. Em 2021, através de compra de ônibus feitas pelo governo do Estado, o sistema foi ampliado, passando a operar as linhas que atendem ao município de Vitória. A anexação de Vitória ao Transcol foi feita de forma impostiva e sem nenhuma discussão com os moradores. A fusão trouxe prejuízos como o governo Casagrande ignorar uma lei municipal que concedia gratuidade para alguns segmentos de moradores

Mobilização estudantil permanente

“Você já parou para se perguntar porque as passagens de ônibus sempre aumentam? E por que é sempre no início do ano? Se você responder que é por conta do aumento dos salários e dos benefícios dos motoristas, você está certo? A verdade é que existe na Grande Vitória desde 2014 uma realidade bastante ‘vantajosa’ para os empresários. Um contato assinado entre o governo do Estado e empresários do sistema de transporte prevê um reajuste dos lucros (destaques feitos pelos autores) das empresas envolvidas nas licitações, independentemente de qualquer outro fator que possa acontecer no estado, no país, ou mesmo uma reorientação das políticas públicas”, inicia em nota divulgada nas redes sociais o Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e União Nacional dos Estudantes (UNE).

“O governo do Estado determinou que as empresas de ônibus terão seus lucros garantidos, mesmo que quem perca renda seja nós, a população. Qual é o lucro dessas empresas? Por que esse lucro é sagrado? Por que nós temos que dar subsídios aos empresários e ainda garantir seus lucros? O que justifica o aumento, para o lado dos donos das empresas, é um cálculo muito que dar subsídios aos empresários e ainda garantir seus lucros?”, prosseguem os estudantes em sua nota.

“O que justifica o aumento para o lado dos donos das empresas é um cálculo muito proveitoso para eles: a soma da relação “mão de obra” e combustível. Dessa forma, tratando o ano de 2014 como base do cálculo, qualquer variação positiva no preço dos salários (decorrentes de greve, por exemplo) ou a um aumento nos preços do diesel, aumentaria automaticamente o preço da tarifa. Não há em nenhum local do cálculo do valor da tarifa, a previsão dos lucros das empresas”, continuam.

“Pelos dados apresentados hoje (dia 7 de janeiro de 2022) na reunião do Conselho Gestor dos Sistemas de Transportes Públicos Urbanos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória (CGTRAN), o reajuste não tem uma razão convincente e não responsabiliza as empresas de serviço de transporte público com nenhuma satisfação e contrapartida. Só ganha!. Casagrande revogue o contrato!. Contra o aumento da tarifa!. Em breve mais informações sobre as nossas mobilizações contra o aumento”, finalizam.

Em apoio há vários comentários nas redes sociais das entidades estudantis, como a de um estudante que fez a seguinte afirmação: “Pois é, eles lucraram tanto com a extinção dos cobradores, não vejo motivo para aumentar uma tarifa que já é alta”.