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Protesto contra governo Bolsonaro na Caixa da Reta da Penha marca aniversários do banco e do Sindibancários

Protesto lembrou os 161 anos da Caixa e os 88 88 anos do Sindibancários e renovou a luta contra Bolsonaro | Foto: Sindibancários

Na comemoração dos 161 anos da Caixa e 88 anos do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES), sindicalistas realizaram um protesto na agência bancária da Caixa na Reta da Penha onde foram feitas críticas ao desmonte dos bancos públicos pelo presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PL). O ato contou com bolas vermelhas, uma maquete de bolo, cartazes afixados na vidraça da agência deram o tom do protesto, que defendeu a Caixa 100% pública. Os clientes receberam um panfleto sobre o motivo do ato.

“A Caixa é uma das poucas empresas do país onde com certeza todo brasileiro vai entrar algum dia para obter um serviço. Esse governo quer destruir o papel social do banco, as políticas públicas. Nesse dia simbólico, queremos repudiar as ações do governo Bolsonaro”, afirmou o diretor do Sindicato e empregado da Caixa Igor Bongiovani. O ato foi realizado nesta última quarta-feira (12).

Assista a trechos do vídeo do Sindibancários mostrando como foi o ato em frente à Caixa da Reta da Penha | Vídeo: Sindibancários

No panfleto distribuído aos clientes e à população em geral, o Sindicato lembrou que os empregados da Caixa têm muito a se orgulhar e pouco a comemorar nessa data. Orgulho porque a Caixa é o maior banco social do país, cumprindo o papel de inclusão bancária de milhões de brasileiros através de pagamento de benefícios sociais e promoção de políticas públicas e de infraestrutura, como financiamento para saneamento e moradia.

Por outro lado, os empregados estão exaustos com uma jornada de trabalho cansativa devido à escassez de trabalhadores nas agências. Os que lá estão se desdobram para dar o atendimento que o público merece. Mas essa dedicação não tem o reconhecimento da direção do banco.

Não bastasse o clima de preocupação geral com o futuro do banco, sob ameaça de privatização no governo Bolsonaro, o presidente Pedro Guimarães expõe os empregados a situações vexatórias, promovendo assédio moral coletivo. É uma direção que não valoriza os empregados e o patrimônio público.

Sindicato classista

Os 88 anos do Sindicato dos Bancários também foram lembrados na manifestação desta quarta-feira. O secretário geral da entidade, Jonas Freire, destacou as décadas de luta em defesa não só da categoria bancária e dos seus direitos, mas também da classe trabalhadora e do patrimônio público. “Agora estamos enfrentando uma árdua tarefa, pois o governador Renato Casagrande quer privatizar a seguradora do Banestes, uma empresa com mais de meio século de existência, 100% pública, rentável, que investe no Espírito Santo. Nossa luta não tem fim, é permanente, enquanto houver ameaça aos direitos do povo”, afirmou ele.

Reafirmando o caráter classista do Sindicato, Jonas Freire declarou: “Quando alguém mexe no direito de um trabalhador, todos temos que reagir. Este é um sindicato classista, que atua para a categoria, mas que é parte da luta da classe trabalhadora deste país, que hoje enfrenta o pior momento da sua história, com um governo que não defende a vida dos brasileiros. Por isso essa é uma data muito mais de luta do que de comemoração. Não daremos trégua. A luta continuará por mais quantos anos for necessária”.

Mobilização, resistência e luta em 88 anos

Fundado em 12 de janeiro de 1934, a trajetória do Sindicato dos Bancários tem sido marcada por conquistas acumuladas a partir de muita luta. “Essa jornada sempre foi muita árdua, mas sob Bolsonaro a resistência do movimento sindical se tornou ainda mais imprescindível”, afirma o diretor do Sindicato Jonas Freire.

“Este governo se transformou numa fábrica de medidas provisórias para retirar os direitos que restaram ao trabalhador depois das reformas trabalhista e previdenciária. Não há um dia sequer de trégua. O trabalhador virou alvo preferencial deste governo e dos que o apoiam. Não bastasse, ainda estamos enredados numa pandemia que parece sem fim. Tem sido um desafio dobrado para o movimento sindical organizar a luta para combater um governo necroliberal e ao mesmo tempo se defender de um vírus que já sepultou mais de 620 mil brasileiros e brasileiras”, afirmou o diretor Jonas Freire.