Uma das maiores reclamações dos moradores da Grande Vitória, a exposição ao vírus da nova variante Ômicron diante dos ônibus sem janelas e superlotados do sistema Transcol não terá solução, como ocorreu no inicio da pandemia há dois anos. Naquela ocasião, os ônibus com ar condicionado foram proibidos de circular e os ônibus mais antigos, com janelas, tinha a proibição de circular (após terem o serviço interrompido) sem nenhum passageiro em pé. Agora, o governo estadual retirou a proibição e passou a permitir a superlotação dentro de veículos sem ventilação natural.
Nesta terça-feira (1º) o portal Grafitti News participou da entrevista coletiva virtual do secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e do subsecretário subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin. A preocupação e as críticas dos usuários do sistema Transcol, onde muitos acreditam que a fata de medidas idênticas que foram tomadas há dois anos atrás, teria ligação com o ano eleitoral, foi levada aos dois. Mas, não houve a resposta que os passageiros queriam em relação à retirada dos ônibus sem janelas de circulação.
Variante Ômicron “é uma outra doença”
“Se nós conversamos com qualquer profissional de saúde, que trabalha na unidade de hospital ou no sistema de vigilância, ele vai dizer que esta variante é como se fosse uma outra doença. Ela é muito diferente e a contaminação também acontece de maneira diferente. A contaminação aconteceu na maioria das famílias, em casa, de pessoas que se contaminaram em outros ambientes. Então, não temos que falar nesse momento de medidas para determinado setor e para outro setor. A medida é geral para todos os setores”, começou a responder à primeira pergunta o subsecretário Reblin.
“É vacina, é máscara, é teste. Isso é para a sociedade de maneira geral. Nós estamos estimulando a vacinação. Estamos solicitando para que as pessoas utilizem máscara o tempo inteiro, quando sair, mantenha os protocolos que as autoridades definem. Então, não tem uma medida para um ou para outro setor. A medida é geral para todos os setores, para todas as áreas, para o setor de serviços, para o setor de comércio, de entretenimento. Então, nesse momento essa variante traz uma outra realidade, bem diferente daquilo que era realidade no ano passado”, prosseguiu o subsecretário na resposta ao questionamento deste portal de notícias.
Secretário complementa resposta ao Grafitti News
Complementando a resposta feita pelo Grafitti News, o secretário Nésio Fernandes disse: “O governo do Estado do Espírito Santo se orienta pela ciência, pela opinião dos técnicos e por conter cobertura vacinal e que garante uma separação do serviço de saúde, com foco nos padrões adotados no mundo. A nossa conduta diante dessa pandemia é que não podemos tentar as mesmas medidas que adotamos na era da pré-vacinação. Países europeus adotaram medidas semelhantes aquelas que nós. A perspectiva eleitoreira teria impedido ao governo adotar medidas importantes, como o passaporte da vacina”, assinalou o secretário.
“A preocupação do governo do Estado neste momento é que a ampla maioria da população (tenha) o principal recurso capaz de derrotar a pandemia e vencer os óbitos, a vacinação. No governo do Estado há obrigatoriedade da vacinação para os servidores públicos. Nós estamos ampliando a disponibilidade de testes em todo o Estado, para poder conter a cadeia de transmissão do vírus no solo capixaba. Nós não temos nenhuma dúvida”, prosseguiu o secretário.
Nésio admite que volta às aulas é um tema difícil
“Neste momento estamos adotando decisões difíceis. O tema da volta às aulas, por exemplo, é um tema polêmico. Um tema onde algumas posições mais frágeis”, admitiu. “Ainda em setembro de 2020 nós autorizamos o retorno das aulas. Neste momento considerados o retorno das aulas é, sim, uma medida polêmica, mas fundamental para garantir o direito das crianças e dos adolescentes em solo capixaba”, continuou.
“E também pela grande oportunidade de o sistema de saúde poder vacinar rapidamente as nossas crianças. O governo do Estado está lincado pela ciência para (combater) essa pandemia que tira a vida de muitas pessoas. A agenda eleitoral é uma agenda para o final deste ano e não uma agenda para o dia de hoje”, finalizou.
Secretaria garante leitos para pacientes com Covid
Com relação à segunda pergunta do Grafitti News, que estava embasada na taxa de ocupação do Hospital Dr Jayme Santos Neves em 100% e sem vagas para os pacientes com Covid, exatamente nesta terça-feira, após uma semana sem oferta de leitos, o Hospital Dr Jayme Santos Neves apresentou aumento na oferta de vagas. Assim, a taxa de ocupação foi reduzida de 100% para 80,63% nas UTIs e 80% nas enfermarias. A ocupação de leitos para infectados com Covid na Região Central Norte, que estava em 100% também sofreu redução e se encontra em 80% e na média da Região Metropolitana de Vitória, o percentual e leitos ocupados com pacientes Covid está em 84,51%. Mas a pergunta do Grafitti News serviu para tranquilizar a população capixaba, uma vez que o subsecretário Reblin disse que