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Vereador bolsonarista de Vitória é escorraçado da Câmara da Serra, ao defender movimento antivacina

Os bolsonaristas Gilvan e o deputado Assunção, ambos negacionistas à vacina, levaram uma claque para promover o ódio e gerar tumulto na Câmara da Serra, que discutia um projeto antivacina. Os dois estão indo em todas as Câmaras municipais para promover o negacionismo contra a vacina

Assista ao tumulto e a baderna promovida pelos bolsonaristas, vereador de Vitória e deputado, dentro do plenário da Câmara da Serra

Nesta última quinta-feira (16) o vereador bolsonarista e antivacina Gilvan Aguiar Costa, vulgo Gilvan da federal (Patriota) foi acompanhado do também deputado estadual Lucinio Castelo de Assumção, vulgo capitão Assunção (Patriota), tumultuou e agrediu verbalmente vereadores da Serra. Os intrusos foram ao legislativo serrano com o intuito de interferir em decisão interna da Câmara de Vereadores da Serra. Estava na pauta de votação o projeto de lei municipal 39/2022, que o vereador serrano bolsonarista e negacionista, José Artur Oliveira Costa, o professor Artur Costa (Solidariedade) havia feito a mando de Gilvan e de Assunção, cuja votação acabou não acontecendo após o tumulto que os bolsonaristas de fora da Serra criaram dentro do legislativo municipal.

Os dois bolsonaristas, Gilvan e o deputado levaram a mesma claque que usaram na Câmara de Vitória, com apoiadores negacionista que se passaram por cidadãos serranos. Ao chegar, com seu estilo arrogante e prepotente dentro do plenário da Câmara da Serra, Gilvan começou a bater boca com o vereador Anderson Muniz (Podemos), porque este o repreendeu por entrar sem máscara dentro do plenário. A causa da desavença foi que havia um pedido de vistas do projeto antivacina pelas comissões municipais e os dois intrusos (o vereador e o deputado) queriam que fosse passado por cima dessa regra legislativa e encaminhado para votação.

Para pressionar, os bolsonarista de fora da Serra levaram a claque, para gritar, fazer bagunça e pressionar os vereadores serranos. O projeto de lei 39/2022 é uma cópia do que Gilvan conseguiu aprovar em Vitória e que vai ser judicializado por ferir decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Para os negacionista não importa se é ilegal o projeto, já que querem é fazer baderna e levar adiante o negacionista à vacina e ao Covid preconizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A xerox que o vereador bolsonarista protocolou, em resumo, estabelece “a proibição de exigência de apresentação de cartão de vacinação contra Covid-19 para acesso a locais públicos ou privados”.

“Veio à Serra para impor a sua forma de pensar”

À imprensa, o vereador agredido verbalmente por Gilvan disse o seguinte sobre o bolsonarista de Vitória: “O vereador veio à Serra por achar que poderia impor aqui a forma dele pensar. Não concordamos com a forma desrespeitosa como ele tratou os vereadores da Serra. Me afrontou, afrontou os vereadores, incitou quem estava de fora. Isso eu não vou tolerar”.

Devido a baderna promovida de forma desrespeitosa por Gilvan e pelo deputado que somente se apresenta em público com farda oficial da Polícia Militar, apesar de ser aposentado daquela corporação, o presidente da Câmara da Serra, Rodrigo Caldeira (PRTB) encerrou a sessão. O vereador e o deputado negacionista ao vírus do Covid saíram, após o bagunça que promoveram, e no pátio ainda ficaram fazendo selfies para fazer fake news sobre a visita indesejada que realizaram à Serra.

Quem é o bolsonarista da Serra, que copiou o projeto antivacina

O vereador da Serra que assinou a cópia do projeto de lei elaborado por Gilvan e por Assumção está no seu primeiro mandato eletivo. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele concorreu anteriormente ás eleições de 2016 e foi derrotado. O professor Artur Costa tem 37 anos e se declarou solteiro ao TSE. Para a Justiça Eleitoral ele disse que gastou R$ 36.967,75 na campanha que o elegeu em 2020. Curiosamente, o maior doador de campanha, depois do seu próprio partido Solidariedade (que doou R$ 20.704,00), está o então candidato e atual prefeito da Serra, Sérgio Alves Vidigal (PDT), que deu ao bolsonarista exatos R$ 4.263,75.