Capixaba deve ficar atento e evitar comprar café das marcas Pelé, Pedigo, Cachoeirinha, Café Monte’z Bravio, Café Campestre, Café Minete e Tem + Café, por conter irregularidades. O delegado pediu ao0 consumidor que comprou algum desses produtos irregulares para procurar o estabelecimento comercial para troca ou obter o reembolso do item comprado
Com o intuito de faturar muito e lucrar alto, torrefadoras de café estão acrescentando produtos, como palha e até pedaços de pau junto com o pó, sem se preocupar com a saúde do consumidor. Nesta última quinta-feira (10) a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em ação conjunta com a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), realizou uma operação para combater o comércio irregular de café torrado e moído nos supermercados da Grande Vitória. A ação fiscalizou 13 estabelecimentos comerciais em Vila Velha, Cariacica e Guarapari e resultou na apreensão de 33 mil unidades. Nas duas apreensões anteriores, realizadas em janeiro, foram apreendas outras 40 mil unidades.
Essa é a terceira ação policial no combate aos crimes de falsificação de café no Espírito Santo. Dessa vez a apreensão foi com as marcas de café Pelé, Pedigo e Cachoeirinha. Nas outras duas ações policiais foram retirados do mercado as marcas Café Monte’z Bravio, Café Minete, Café Campestre e Tem + Café. Na segunda operação, realizada neste ano, a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) entrou em contato com este portal Grafitti News para comunicar que estava retirando o selo de qualidade da marca Café Monte’z Bravio.
Mistura de cascas e paus com pó de café moído e torrado
O café Pelé pertence desde 2017 ao grupo holandês Jacobs Douwe Egberts e a torrefação e o envasamento do produto é feito em Jundiái (SP). As outras duas marcas são do Espírito Santo.Todas as três marcas recolhidas nesta semana tinha impurezas, segundo a Polícia Civil, como mistura de cascas e paus ao café. Conforme os laudos expedidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES), os produtos estavam fora dos padrões mínimos de qualidade, com alto teor de umidade, diminuindo a qualidade do produto e a ausência de regras básicas de rotulagem, com a indicação de lote.
Amostras foram coletadas de alguns supermercados e encaminhada ao Lacen, que confirmou que três marcas estariam misturando cascas e paus ao café. Duas marcas de café foram retiradas cautelosamente dos estabelecimentos comerciais fiscalizados, sendo que uma marca teve alguns lotes recolhidos. De acordo com o titular da Decon, delegado Eduardo Passamani, em dezembro do ano passado a Comissão de Agricultura estava recebendo denúncias de que marcas de café apresentavam irregularidades.
“Fomos acionados pela Comissão de Agricultura que solicitou fazer uma operação em conjunto para estarmos verificando a veracidade das denúncias. No início deste ano iniciamos as investigações, sendo que essa operação é a 3ª fase para combater produtos que apresentam algum tipo de alteração”, explicou o delegado.
Segundo o responsável pelas investigações, as empresas produtoras serão notificadas para esclarecimentos e poderão responder pelo crime contra a relação de consumo. As ações de monitoramento continuam para identificar nos estabelecimentos comerciais se existem outras marcas e produtos que apresentam irregularidades fora dos padrões exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Marcas com irregularidades e que foram apreendidas pela Polícia Civil:
Pelé
Pedigo
Cachoeirinha
Café Monte’z Bravio
Café Minete
Café Campestre
Tem + Café.