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No governo Bolsonaro o Brasil tem 12,4 milhões de desempregados e 4,8 milhões de desalentados, segundo dados mais recentes do IBGE


Os dados são os mais recentes divulgados pelo IBGE e se referem a mais recente divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua) referente ao trimestre de novembro de 2021 a janeiro de 2022


O desespero do desemprego atinge 112,4 milhões de pessoas, segundo dados oficiais do IBGE | Foto: Reprodução/Jornal da USP

De acordo com o IBGE, o Brasil possui uma força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 107,5 milhões de pessoas, sendo que desse total 12,4 milhões estão desocupadas, uma terminologia para se referir aos desempregados. Os números são referentes ao levantamento mais recente, do trimestre entre novembro de 2021 e janeiro deste ano. Do total da população estimada em 214.376.220 pessoas (projeção oficial do IBGE para esta manhã de segunda-feira, dia 21 de março) o país conta com uma 64,9 milhões de pessoas fora da força de trabalho, onde se encontram crianças, idosos, encarcerados, doentes, entre outros que não podem trabalhar. Os dados constam na mais recente avaliação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua).

Ainda há 4,8 milhões de pessoas consideradas pelo IBGE como sendo a população desalentada. O conceito de população desalentada é simples: trata-se de um grupo de pessoas que querem trabalhar, mas abrem mão de procurar emprego por entenderem que irão perder tempo, já que não encontrarão o que desejam. Muitos fatores contribuem para a desmotivação, entre eles estão a idade, a falta de qualificação profissional, a instabilidade do cenário econômico, a dificuldade de acesso aos grandes centros, a influência familiar entre outros.

A taxa de desemprego no Brasil comoeçou a se agravar durante o processo do golpe contra a presidenta Dilma e se intensificou nos governos Temer e Bolsonaro | Tabela: Reprodução/IBGE

Apenas 32,18% possuem carteira de trabalho assinada

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 34,6 milhões de pessoas, o que representa menos de um terço da força de trabalho total do Brasil. Ou seja, apenas 32,18% possuem carteira de trabalho assinada e com direitos trabalhistas. Os outros 67,82% não possuem carteira assinada. Ou seja, 72,91 milhões somente terão direito à aposentadoria se estiver pagando individualmente o carnê da Previdência Social. Caso contrário não terão direito a se aposentar pelo INSS.

Entre os 95,4 milhões de brasileiros que integram o contingente de pessoas ocupadas, tem 27,8 milhões de pessoas classificadas pelo IBGE como sendo população subutilizada. De acordo com o IBGE, é considerado subutilizado todo aquele que está desempregado, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego, mas estava disponível para trabalhar ou que procurou emprego, mas não estava disponível para a vaga. Um exemplo clássico é o engenheiro com pós-graduação e alta especialização, que acaba trabalhando como motorista de Uber.

A subutilização da mão de obra se intensificou nos governos Temer e Bolsonaro | Tabela: Reprodução/IBGE

São 15,6 milhões que trabalham por conta própria

O número do IBGE que se refere a 95,4 milhões do contingente de pessoas ocupadas, também inclui os 25,6 milhões de trabalhadores por conta própria. O IBGE observou que no último trimestre da pesquisa ocorreu uma elevação de 10,3% (mais 2,4 milhões de pessoas) de pessoas que atuam por conta própria em um ano. A taxa de informalidade foi de 40,4% da população ocupada, ou 38,5 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 40,7% e, no mesmo trimestre de 2021, 39,2%.

O número de empregados no setor público (11,4 milhões de pessoas) apresentou aumento de 1,9% frente ao trimestre anterior. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, ficou estável. Esse tipo de emprego tem histórico de crescimento na contratação, principalmente por cargos comissionados, em ano de eleições. São empregos visando o voto do candidato que ocupa atualmente um cargo de executivo, quer seja municipal, estadual ou federal.

O rendimento real habitual, de R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro, mostrou redução de 1,1% frente ao trimestre anterior e de 9,7% frente ao mesmo trimestre de 2021. A massa de rendimento real habitual (R$ 232,6 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.