Está programado para esta terça-feira (5), às 16 horas, na frente do Palácio Anchieta, no Centro Histórico de Vitória (ES) um protesto para denunciar o assassinato do ajudante de pedreiro Welington da Silva, 24 anos, por um policial militar (PM) do Espírito Santo. O assassino, que usava farda da PM e durante o crime teve a cobertura de outro PM, também fardado, durante o assassinato que ocorreu no Bairro São José, na região da Grande São Pedro, entre 19h13 e 19h14 deste último sábado (2) Os dois PMs que participaram do assassinato são Sandro Frigini e Victor Fagundes de Oliveira.
A ação dos assassinos revoltou os familiares e a comunidade que integram os bairros da Grande São Pedro. Apesar de ter testemunhas e imagens de câmera de monitoramento, que mostram o assassinato e inclusive um cabelereiro que foi baleado na perna esquerda ao tentar ajudar à família do jovem assassinato, a PM registrou em boletim que o ajudante de pedreiro estava armado. Na s imagens é possível ver que o PM se aproxima e o jovem, provavelmente atendeu à ordem de pôr as mãos na cabeça, é assinado em menos de um minuto.
PMs assassinos continuam soltos
O protesto na frente do Palácio Anchieta está sendo convocado pela Unidade Negra Capixaba. Há parlamentares que cobram uma ação eficaz contra os assassinos, que continuam soltos. “Como integrante dos conselhos estaduais de Direitos Humanos (CEDH) e de Promoção da Igualdade Racial (CEPIR), representando a @assembleiaes, estou propondo aos dois conselhos que acompanhem as investigações sobre o assassinato de Weliton da Silva Dias, de 24 anos, que ocorreu na noite de sábado (2), em São Pedro, Vitória”, disse a deputada Iriny Lopes (PT) em suas redes sociais
“Weliton foi morto por um PM mesmo rendido, conforme o vídeo amplamente divulgado na imprensa e redes sociais, e um barbeiro do bairro foi baleado na perna por outro policial, ao tentar socorrer o rapaz. O afastamento dos dois policiais pela Secretaria Estadual de Segurança Pública é importante, assim como o acompanhamento das investigações, para que seja feita justiça no caso. E é nesse sentido que propus aos dois conselhos a criação de uma comissão que monitore os inquéritos na Polícia Civil e na Corregedoria da PM”, prosseguiu a deputada estadual. Ela completou deixando a sua solidariedade à família de Welington e assumindo o compromisso de exigir uma apuração célere e a responsabilização exemplar dos acusados.