Foram demitidos editores, redatores, repórteres fotográficos e repórteres lotados no jornal e na Televisão. Também foram desligados da empresa profissionais da área comercial, dos Recursos Humanos e do setor de transportes, informa o Sindicato
De acordo com nota do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Espírito Santo (Sindijornalistas-ES), a empresa Nassau Editora Rádio & Televisão Ltda, proprietária da Rede Tribuna, que já vinha funcionando com poucos profissionais, promoveu uma demissão em massa nesta última segunda-feira (4). A empresa demitiu cerca de 20 profissionais, a maioria com atuação direta na redação do jornal impresso.
Alguns deles com décadas de trabalho na empresa. De acordo com o Sindicato, por estar funcionando no limite e com poucos profissionais, que são obrigados a se desdobrar para conseguir fechar a produção noticiosa diária dos jornais diários, tanto no impresso, on-line, como na televisão, agora terá uma equipe ainda mais reduzida. “A assessoria jurídica Sindjornalistas-ES está estudando as providências jurídicas que serão tomadas, em relação a mais este abuso que Rede Tribuna comete contra o jornalismo”, diz a entidade sindical.
Em outubro de 2017 a Rede Tribuna dava sinais de problemas em caixa e atrasou o pagamento dos seus funcionários por dois meses. Meses depois, os salários foram pagos. Naquela ocasião, o Sindicato informou que se reuniu com o então diretor Financeiro da Rede Tribuna, Isaias Fraga, que informou ter adotado algumas medias para conseguir dinheiro. Entre essas, um empréstimo no Banestes e a venda de ativos da Rede Tribuna, como imóveis residenciais e comerciais e que não havia nenhuma perspectiva de vender a Rede Tribuna. A empresa faz parte do grupo cimenteiro Nassau.
Orientações do Sindicato aos demitidos
O Sindijornalistases reiterou aos jornalistas que a entidade está à disposição para prestar os devidos e necessários esclarecimentos e informações.
Entre esses, a entidade sindical citou os quatro pontos a seguir:
1) O Sindicato orienta que o jornalista tem o direito legal de receber toda verba rescisória em parcela única. Que a entidade não homologa e nem concorda com o parcelamento dessas verbas. Ressalta-se que a Rede Tribuna – após forçar alguns profissionais demitidos a aceitarem o parcelamento, descumpriu o acordo e atrasou o pagamento de parcelas, o que motivou um processo judicial, por meio do Sindijornalistas, ganho pelo profissional demitido;
2) A empresa deve fornecer cópia de toda documentação rescisória ao jornalista, inclusive extrato analítico que comprove que todas as verbas do FGTS foram depositadas pela empresa.
3) Mesmo diante da reforma trabalhista, os jornalistas sindicalizados continuam recebendo atendimento gratuito. Dos não associados, o Sindijornalistas está cobrando o valor de R$100,00 referente ao custeio das consultorias jurídicas e contábeis necessárias para uma rescisão.
4) A homologação da rescisão no sindicato é uma garantia para evitar que direitos sejam negados aos profissionais. Formalize à empresa sua solicitação, protocole no RH o texto abaixo:
Eu, (nome completo, CPF e RG), após ter sido comunicado por esta empresa que fui demitido, solicito formalmente que a Nassau Rádio e TV entre em contato com o Sindicato dos Jornalistas para marcar a homologação antecipadamente pelo email sindicato@sindijornalistases.org.br
O sindicato comunica que assim que receber a documentação da Rede Tribuna será realizado o agendamento imediato das rescisões dos profissionais.