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PMV deixa praças do Centro Histórico de Vitória (ES) às escuras


De janeiro a março o bairro teve 296 crimes contra o patrimônio, segundo a Secretaria de Segurança Pública


Três das principais praças do Centro Histórico de Vitória (ES) estão às escuras e moradores reclamam do abandono pela PMV | Vídeo: YouTube

Com 1.025 ocorrências de crimes contra o patrimônio no ano passado e 296 apenas de janeiro a março deste ano, segundo as estatísticas oficiais da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Sociai (Sesp), o Centro Histórico de Vitória ainda tem como agravante de as guarda municipal não atuar à noite e nem de madrugada, as praças estão às escuras. Os moradores do Centro reclamam do abandono que a atual administração do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) impõem à terceira Capital mais antiga do Brasil.

Em vídeo feito e divulgado pelo morador do Centro Histórico, Raphael Leite Teixeira, é mostrado a Praça Costa Pereira e a Praça Pio XII, ambas na região central de Vitória, completamente às escuras. Os assaltos, furtos e roubos são frequentes na região e se intensificaram na atual gestão de Pazolini, que é um delgado licenciado da Polícia Civil e na sua campanha à prefeito fez a promessa de transformar o seu gabinete em uma chefatura de Polícia.

Ausência de diálogo do prefeito com os moradores do Centro

Como é de seu hábito, sem nenhum diálogo com a população, para saber se apoia ou não as suas ideias de monitoramento dos passos de cada morador da capital do Espírito Santo, o prefeito de Vitória (ES), Lorenzo Pazolini, anunciou no último dia 3 de fevereiro que vai gastar R$ 15 milhões para comprar e instalar câmeras de monitoramento facial. Serão 150 pontos de bisbilhotice da vida alheia, onde quem passar em frente terá todos os seus dados expostos para o prefeito e seus assessores, como nome, endereço, profissão, quanto ganha, quais os números dos documentos, entre outros detalhes. Em caso de roubo, assalto ou furto, a Prefeitura de Vitória não cede as imagens, cujo objetivo é apenas monitorar as placas de carros.

A Sesp informa através de seus indicadores sobre a insegurança do Centro de Vitória. Apenas de janeiro a março foram registradas 296 ocorrências de crimes contra o patrimônio diversas. Os dados se referem aos boletins de ocorrência (BO) registrados e não consta os roubos e furtos que a vítima não fez o registro. De janeiro a março deste ano foram 134 fraudes/estelionatos. 71 roubos em via pública, 29 furtos a estabelecimentos comerciais, 17 roubos em estabelecimento comercial, 13 roubos em transporte coletivo, 11 furtos em transporte coletivo, 9 crimes informáticos, 8 furtos a pessoa em via pública e quatro furtos em residência/condomínio.

Placas de sinalização turística destruídas

As praças estão as escuras no Centro Histórico. Policiamento à noite e de madrugada não existe, segundo o que atestam os moradores. O que há, explicam quem mora e trabalha na região central da Capital capixaba, é o abandono. Recentemente os moradores reclamaram do descaso da atual administração municipal com os monumentos históricos e com as placas de sinalização turísticas destruídas.

O projeto para a elaboração, construção e instalação das placas de sinalização, no governo do ex-prefeito João Coser (PT)  teve custo total de R$ 4,28 milhões em outubro de 2009, que com a correção inflacionária equivale atualmente a R$ 8,97. O Ministério do Turismo entrou com um aporte de R$ 3,4 milhões (R$ 7,12 milhões nos dias atuais) e a PMV disponibilizou R$ 880 mil, o que equivale em março de 2022 a R$ 1,84 milhão. Foram instaladas 45 placas de lâmina de aço e acrílico, no espaço urbano compreendido entre a Vila Rubim e o Clube Saldanha da Gama. As localizações das placas observaram as normas de visibilidade, formas e impacto no ambiente e nos fluxos normais da cidade definidas pelo Guia.