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Secretaria da Saúde e Himaba são notificados pela Defensoria Pública sobre morte de adolescente


O adolescente Keviinn Belo Altóé começou a apresentar infecção e sentir falta de ar na última segunda-feira (25). Na quarta-feira (27) ficou internado em um PA em Cachoeiro de Itapemirim. Na última sexta-feira (29), o Himaba garantiu a reserva de uma vaga para UTI, o que foi impedido de ser atendido pela médica plantonista


Kevinn foi morto por negligência do Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha, que apesar de ter garantido a vaga, deixou uma médica plantonista passar por cima da direção e impedir que o jovem fosse para a UTI | Foto: Reprodução/Internet

A Defensoria Pública do Estado, por meio da Coordenação e do Núcleo da Infância e Juventude, instaurou procedimento administrativo e oficiou nesta segunda-feira (02) a Secretaria de Saúde (Sesa) e o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), para obter informações sobre o caso do adolescente que faleceu no último sábado (30), ao esperar por mais de quatro horas para dar entrada no hospital.

Entre os pedidos da instituição estão: as comprovações do atendimento médico inicial dado ao jovem; a relação dos responsáveis pela direção e coordenações técnicas médica e de enfermagem que estavam no plantão; bem como as informações referentes às providências adotadas para apuração do caso. A partir de uma análise das respostas da Sesa e do Himaba, a Defensoria Pública vai apurar se houve negligência.

Entenda o caso

O adolescente Kevinn Belo Tomé da Silva, de 16 anos, veio de Cachoeiro de IUtapemirim (ES) para atendimento de urgência e com vaga garantida no Himaba, mas uma médica impediu que o jovem fosse atendido. Após quatro horas a espera do atendimento, que não ocorreu, o jovem veio a óbito. O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), cuja diretoria é bolsonarista, apenas disse que vai “abrir sindicância para apurar responsabilidades”.

Kevinn morreu dentro de uma ambulância, na frente do hospital, em Vila Velha, após quatro horas de espera por atendimento, na madrugada do último sábado (30). Diante da gravidade do crime, o caso teve boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, o Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba) afastou das funções duas médicas que seriam as responsáveis por impedir o atendimento de urgência ao adolescente.

“A instituição considera inadmissível negligência em qualquer atendimento, já que a premissa do hospital é garantir acolhimento e assistência a todos os pacientes”, disse o Himaba em nota. Apesar de o hospital ser o responsável, já que as médicas são subordinadas à direção, cumpridoras de ordens, e não tem poder de fazer o que quiser e bem em tender, foi dito que o Himaba registrou queixa na Polícia. E a direção ainda disse que iria formalizar uma denúncia no CRM-ES.”Flagrante negligência médica por parte dos profissionais plantonistas”, assinala trecho da nota do hospital.