A cesta básica de alimentos, segundo apuração feita pelo escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Espírito Santo (Dieese-ES) subiu de R$ 704,93, verificado em março, para R$ 729,31 em abril. Foi um aumento de 3,46% e absorveu 65,05% do salário mínimo líquido em abril, enquanto que em março consumia 62,88% da remuneração básica. Com isso a cesta básica definida pela legislação que a criou, no governo Getúlio Vargas, exige 132 horas e 23 minutos de trabalho de um assalariado, enfatiza o Dieese.
“Em abril de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.754,33 ou 6,02 vezes mais do que o mínimo líquido atual de R$ 1.121,10”, diz a entidade. O salário mínimo atual de R$ 1.212,00 é o valor nominal, porque o trabalhador recebe líquido R$ 1.121,10, após descontos. Com a cesta básica tendo absorvido em abril R$ 729,31, sobrou R$ 391,79 para o transporte, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, e demais despesas. Nada sobra para o lazer.
Batata, tomate e leite puxaram os aumentos em abril
Em abril, o valor da cesta básica de alimentos de Vitória (ES) foi a oitava mais cara do Brasil, sendo superada por Curitiba (R$ 739,28), Brasília (R$ 741,55), Campo Grande (R$ 761,73), Rio de Janeiro (R$ 768,42), Porto Alegre (R$ 780,86), Florianópolis (R$ 788,00) e São Paulo (R$ 803,99). Na avaliação mensal, os produtos que registraram elevação expressiva nos preços, em Vitória, foram a batata (16,25%), o tomate (9,86%) e o leite (6,69%). Os produtos que registraram as maiores quedas nos preços foram a banana (6,76%) e o café (2,73%). Em abri, nenhum produto apresentou estabilidade no preço.