A data foi instituída em 16 de maio de 1962, a partir de um projeto de lei nesse sentido proposto pelo deputado federal Assis Flávio da Silva Melo (PCdoB-RS)
Nesta segunda-feira (16) é celebrado no Brasil o Dia do Gari, o profissional que zela pela limpeza das cidades brasileiras. A data lembra o dia da publicação da Lei que instituiu a categoria, em 16 de maio de 1962 e que surgiu de um projeto do deputado federal do PCdoB do Rio Grande do Sul, Assis Flávio da Silva Melo, que era metalúrgico. A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro.
Em 11 de outubro de 1876, Gary assinou um contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía a retirada de lixo de casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. Seu contrato venceu em 1891 e seu primo Luciano Gari o substituiu. A empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade do Rio, cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais de carga para trabalharem na coleta das 560 toneladas de lixo. A partir desse ano, teve início a coleta de lixo com equipamentos mecânicos.
PL-1338-2011-cria-profissao-gaiNos 5.568 municípios do país, são os garis que os garis que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques. Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas. Antes da existência dos garis, o lixo era jogado das casas para as ruas. Isso foi comprovado pela Cesan, quando das escavações para implementar as redes de coleta de esgoto, principalmente no Centro Histórico de Vitória, incluindo a Cidade Alta.
Pesquisa desenvolvida pela Ufes
De acordo com a arquiteta Luciene Pessotti, que acompanhou as escavações, esse trabalho propiciou o resgate da memória de Vitória. “Esses vestígios dão testemunho da história e retratam como as pessoas viviam em diferentes períodos históricos da Capital”, afirmou. Os objetos identificados com valor histórico farão parte de pesquisa sobre evolução urbana, desenvolvida pelo curso de pós graduação em Artes, da Universidade Federal do Espírito Santo. O monitoramento arqueológico também foi realizado na região da Prainha, em Vila Velha, local onde chegaram os navegadores portugueses, que invadiram as terras indígenas, em 1535. Entre os objetos encontrados durante as escavações da Cesan, estavam talhares, louças antigas e até tubos de pasta de dente com mais de 200 anos.