Reprodução: Diário do Centro do Mundo/DCM
Em evento que contou com a presença do vice-presidente Hamilton Mourão, os Institutos Villas Bôas, Sagres e Federalista apresentaram o seu Projeto de Nação, O Brasil em 2035.
Os militares e civis envolvidos no trabalho desenvolveram um documento com 93 páginas em que prometem “entregar um Brasil melhor aos nossos filhos e netos”. O general Luiz Eduardo Rocha Paiva coordena o projeto. Ele é ex-presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), a ONG do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ídolo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus filhos.
Rocha projeta o domínio do bolsonarismo no Brasil até 2035. Segundo o militar, o estudo está à disposição de todos. “Mesmo que haja mudança de governo. Claro que se for de direita para esquerda, vai jogar fora”, afirma ele.
De acordo com o documento, o país está ameaçado pelo “globalismo, movimento internacionalista cujo objetivo é determinar, dirigir e controlar as relações entre as nações e entre os próprios cidadãos, por meio de posições, atitudes, intervenções e imposições de caráter autoritário, porém disfarçados como socialmente corretos e necessários”.
“O globalismo tem outra face, mais sofisticada, que pode ser caracterizada como ‘o ativismo judicial político-partidário’, onde parcela do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública atuam sob um prisma exclusivamente ideológico, reinterpretando e agredindo o arcabouço legal vigente, a começar pela Constituição brasileira”, acrescenta o texto.
O documento sugere ainda que a classe média pague por mensalidades nas universidades públicas e pelo atendimento no SUS, começando em 2025. “Além disso, a partir de 2025, o Poder Público passa a cobrar indenizações pelos serviços prestados, exclusivamente das pessoas cuja renda familiar fosse maior do que três salários mínimos”.
Em um eventual segundo mandato de Bolsonaro, a ideia dos militares é pôr fim à Saúde gratuita e universal.
No tema da Educação, o grupo procura limitar o debate acadêmico. O cenário traçado para 2035 é o seguinte: “Os currículos foram ‘desideologizados’ e hoje são constituídos por avançados conteúdos teóricos e práticos, inclusive no campo social, reforçando valores morais, éticos e cívicos e contribuindo para o progressivo surgimento de lideranças positivas e transformadoras”.