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Ao pedir intervenção americana no processo eleitoral brasileiro, Bolsonaro cometeu crime à pátria, diz Randolfe

Bolsonaro foi pedir intervenção americana no processo eleitoral brasileiro | Foto: Divulgação/Casa Branca

A declaração do líder da oposição no Senador, senador Randolfe Rodrigues (Rede), feita na sua conta no Twitter, no sentido de que “em qualquer lugar do mundo, pedir a intervenção de uma nação estrangeira em assuntos internos é crime de alta traição à pátria“, foi feita após a revelação pela imprensa americana de que Bolsonaro pediu ao americano Joe Biden para ajudar a derrotar Lula nas eleições deste ano. O teor do pedido foi revelado pela matéria assinada pelo jornalista Eric Martin, do portal de notícias Bloomberg.

O senador Randolfe alertou sobre o crime contra a pátria cometido por Bolsonaro | Imagem: Twitter

Bolsonaro foi o último a cumprimentar Biden no recente Encontro das Américas, onde o anfitrião americano vetou a participação de Cuba, Nicarágua e da Venezuela, e por isso houve boicote de alguns países e entre esses o México. No encontro “reservado”, mas que teve a presença de assessores e de tradutores, já que um não fala inglês e o outro não sabe falar português, o teor da conversa foi vasado e chegou aos ouvidos do jornalista do Bloomberg, cuja íntegra da reportagem em inglês pode ser lida clicando neste link.

Martin é um experiente jornalista americano. Antes de publicar as informações recorreu às assessorias de Bolsonaro, que não respondeu às informações sobre o pedido de intervenção. A assessoria de Biden idem. Mas, de acordo com os relatos obtidos pelo repórter do portal de notícias americano, Bolsonaro realmente pediu a intervenção americana, mas que Biden ouviu e ficou quieto, sem fazer nenhum comentário.

Argumentos

Nos seus argumentos, o presidente brasileiro pediu ajuda a Biden na sua candidatura à reeleição, alegando que o seu oponente é de esquerda e que representa “um perigo para os interesses dos Estados Unidos”. Nessa mesma conversa, o presidente americano destacou a importância de ser preservada a integridade do processo eleitoral democrático do Brasil.

Ainda de acordo com os relatos obtidos pelo Boomblerg, na hora que Bolsonaro pediu ajuda, Biden mudou de assunto, segundo pessoas presentes. A reunião entre os dois durou quase uma hora durante a Cúpula das Américas  realizada em Los Angeles. Como de seu hábito, Bolsonaro saiu do encontro e disse à imprensa mentiras, cpomo a conversa foi “superficial” sobre a eleição brasileira. Em declarações públicas no início do encontro, Biden disse que o Brasil tem uma democracia vibrante e inclusiva e fortes instituições eleitorais.

Política de isenção americana questionada

Segundo o texto da Bloomberg, os Estados Unidos têm uma política permanente de “não escolher um lado nas eleições de outras nações, dizendo que a votação deve refletir os desejos do povo do país”. No entanto, a mesma publicação lembrou que os EUA afastaram dessa premissa em muitas ocasiões, como foi a oposição ao Brexit antes da votação. E reforçou dizendo que a história está repleta de sucessivas administrações dos EUA apoiando líderes estrangeiros que estavam à altura das eleições, como Boris Yeltsin na Rússia na década de 1990.

Ainda foi lembrado que Bolsonaro é um aliado incondicional do ex-presidente americano, Donald Trump, que insiste em tornar públicas as suas dúvidas sobre a legitimidade da vitória eleitoral de Biden. E foi dito quer recentemente, durante declarações a uma emissora de televisão brasileira, em 7 de junho último, Bolsonaro afirmou que houve fraude generalizada nas eleições dos Estados Unidos e que Biden venceu repetindo as teorias da conspiração que o ex-presidente Trump havia dito.