O ex-líder do movimento de extrema-direita “Vem pra Rua” que se notabilizou nacionalmente ao ser flagrado como funcionário fantasma da Câmara de Vereadores de Vitória (ES), ao bater ponto de bermuda e retornar para o lazer na praia, Armando Fontoura Borges Filho (Podemos), quer que qualquer pessoa sem experiência com armamentos use armas na cintura na Capital do Espírito Santo. Atualmente bolsonarista, ele protocolou na última quarta-feira (15) o projeto de lei (PL) 110/2022 para dar à pessoa que se declarar “vigilante” o ´porte permanente de arma de fogo. Leia a seguir a íntegra do projeto de lei em arquivo PDF:
Processo-8389_2022-Projeto-de-Lei-110_2022Ao achar que estava fazendo um projeto que iria agradar a sua base bolsonarista na Praia do Canto, bairro do subúrbio do Centro Histórico de Vitória, ele foi questionado porque não faz um projeto de lei para obrigar a instalação de câmeras nos uniformes da Guarda Municipal e dentro das viaturas dessa corporação. A violência proporcionada pela guarda, principalmente contra a população com pele negra é motivo de constantes denúncias na imprensa. Moradores do mesmo bairro onde ele reside, pediram para que o ex-lider do “Vem pra Rua” e atual vereador “acordasse”.
O que ele diz na justificativa
Armando Fontoura é um vereador que redigiu raros projetos de lei. Do total de 4.754 proposições que deu entrada no protocolo da Câmara, em um ano e meio de mandato, a maioria absoluta é de Moção de Aplauso a pessoas de seu ciclo de relacionamento ou Projeto de Indicação, onde o vereador faz um pedido formal ao prefeito. “A presente proposição tem por objetivo reconhecer o risco da atividade dos vigilantes e a necessidade do porte permanente de arma de fogo para estes profissionais que prestam serviços em instituições públicas ou privadas do Município de Vitória”, diz ele sem se preocupar que pessoas sem experiência com armas acabam se tornando um risco à sociedade.
“Como podemos observar, aos vigilantes, é expressamente autorizado o porte de armas no âmbito do local de execução de suas atividades, deixando sem respaldo quando fora do ambiente de trabalho, mesmo havendo o risco inerente a atividade dentro e fora do ambiente de trabalho, ante os ataques constantes de criminosos”, diz o bolsonarista. O porte de armas nas ruas é um dos desejos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que desejar armar a população civil e elevar o grau de violência e de insegurança nas ruas.