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Em ação eleitoreira, Bolsonaro exige que postos exibam preços anteriores à redução do ICMS

Em ação vista como eleitoreira pelos donos de postos, Bolsonaro exige que postos coloquem os valores dos preços dos combustíveis que vigoravam em 22 de junho, antes da redução na alíquota do ICMS | Foto: Reprodução/Internet

A redução temporária no preço dos combustíveis, devido a redução nas alíquotas do ICMS, que será absorvida e esquecida diante dos aumentos sucessivos com a paridade dos preços internos à cotação internacional em dólar, teve nesta semana uma crítica dos donos de postos de combustíveis. Foram os empresários que revendem a gasolina e o diesel quem denunciaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) a querer usufruir eleitoralmente da redução momentânea nos preços, através do Decreto 11.121, de 6 de julho de 2022.

Nesse decreto, Bolsonaro exige que os revendedores informem aos consumidores, “de forma correta, clara, precisa, ostensiva e legível, os preços dos combustíveis automotivos praticados no estabelecimento em 22 de junho de 2022, de modo que os consumidores possam compará-los com os preços praticados no momento da compra”. Assim que vierem os novos aumentos com base na paridade internacional, que Bolsonaro teima em não acabar, a medida vai acabar mostrando os preços muito superiores ao que estavam sendo praticados em 22 de junho. Leia a seguir a íntegra do decreto de Bolsonaro, em arquivo PDF:

DECRETO-No-11.121-DE-6-DE-JULHO-DE-2022-DECRETO-No-11.121-DE-6-DE-JULHO-DE-2022-DOU-Imprensa-Nacional

Em entrevista ao portal Metrópoles, de Brasília, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, avaliou o decreto que exige a divulgação da queda no preço dos combustíveis como uma “ação eleitoreira”. “Se houver um aumento nas refinarias e a Petrobras fizer novos ajustes, [o combustível] poderá ter preços maiores. Estamos trabalhando com hipóteses. Se isso acontecer, como o consumidor vai entender? Os preços são livres e o mercado já vem transferindo as baixas para o consumidor. Não há como jogar agora a conta para o revendedor”, resumiu.