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Justiça aceita denúncia de racismo de Piquet contra Lewis Hamilton e dá prazo de 15 dias para o ex-corredor de Fórmula 1 a se explicar

Bolsonarista, Nelson Piquet foi o motorista particular de Bolsonaro no desfile de 7 de setembro do ano passado | Foto: Presidência

A ação civil pública movida por entidades LGBTI+, do movimento negro e dos direitos humanos, contra o ex-piloto, Nelson Piquet, por ter feito comentários racistas e homofóbicos contra o atual campeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, foi aceita pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal nesta semana. É solicitada uma indenização de R$ 10 milhões por danos morais coletivos. O Grafitti News deu em primeira mão a informação de que a Aliança Nacional LGBTI+, em parceria com a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh), Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo havia protocolado a ação no último dia 4.

O processo está nas mais do juiz Felipe Costa da Fonseca Gomes, que nesta última segunda-feira (11) deu prazo de 15 dias para o bolsonarista Nelson Piquet dê as suas explicações pelas falas racistas e homofóbicas contra Hamilton. O magistrado escreveu no processo: “As circunstâncias da causa revelam ser improvável um acordo nesta fase embrionária”. Diante disso, o juiz deixou de designar audiência de conciliação. O brasileiro se referiu em uma entrevista concedida ao jornalista Ricardo Oliveira, em novembro de 2021, mas que ganhou repercussão nas redes sociais e na imprensa neste mês, como sendo o “neguinho”.

Piquet se referiu ao maior campeão de todos os tempos da Fórmula 1, como “neguinho” | Vídeo: Reprodução/redes sociais

Piquet ofendeu a toda a colevitividade, ao chamar Lewis de “neguinho”

O advogado Marlon Reis afirma que “não foi uma ofensa ao Lewis Hamilton, mas a toda a coletividade e aos valores de inclusão e diversidade. A resposta de Hamilton foi elegante e precisa, um chamado para a ação contra todos os tipos de discriminação”.  A coordenadora da área jurídica, Amanda Souto Baliza, diz que “as falas emitidas pelo ex-corredor são extremamente famosas e não podem ficar impunes, especialmente em razão da repercussão mundial que o caso tomou”.

O diretor presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, afirma que “temos que lutar contra o racismo. O racismo é primo irmão da LGBTIfobia. Temos que enfrentar todas as formas de discriminação com base na interseccionalidade das pessoas. Juntos venceremos contra a LGBTIfobia, o racismo e outras formas de discriminação”.