Os dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo desmentem a “Vitória da Paz”, que o então candidato a prefeito Lorenzo Pazolini havia prometido. Ao contrário do que se espera, a criminalidade aumentou em Vitória (ES)
Entre 1º de janeiro e este último domingo, 31 de julho, Vitória (ES) teve 49.316 ocorrências de crimes contra o patrimônio, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (1º) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). Vitória mantém o terceiro lugar na liderança na criminalidade do Espírito Santo, seguido de Vila Velha e da Serra. A capital do Espírito Santo está longe de ter a “paz social” que o então delgado licenciado da Polícia Civil, Lorenzo Pazolini (Repúblicanos) havia garantido em 2020 durante a sua campanha para prefeito.
“Eu posso garantir que Vitória terá paz, a segurança pública será tratada no gabinete do prefeito. Nós temos uma equipe técnica, preparada, que nos ajudou no nosso plano de governo. Vamos tratar o problema da violência com austeridade e tolerância zero para qualquer tipo de crime, como sempre fizemos”, disse à imprensa durante a sua campanha política. E o gabinete de prefeito não virou uma delegacia de polícia, como havia afirmado.
Roubo de celulares é o campeão em Vitória
O roubo e furto de celulares é o campeão disparado em boletins de ocorrência registrado em Vitória. Nos sete meses deste ano foram 21.214 celulares roubados e furtados. Em seguida, para desmentir Pazolini sobre a importância ou desimportância das câmaras de monitoramento de veículos, de janeiro a julho foram roubados e furtados 3.637 veículos e 3.112 bicicletas. Entre celulares, carros e bicicletas, foram 16.142 roubos e 11.321 furtos, totalizando 27.963. E o local preferido da marginalidade para praticar esses roubos e furtos é na via pública (17.759, comércio (2.516, residências (2.182) e veículos (2.169).
A “Vitória da Paz” prometida não ocorreu. Em sete meses, segundo a Sesp, o bairro que lidera os crimes contra o patrimônio é Jardim Camburi, exatamente o bairro onde mora o prefeito Pazolini. De acordo com a Secretaria de Segurança, entre janeiro e julho foram 5.301 casos registrados, seguido do Centro Histórico de Vitória, que teve 5.261 crimes contra o patrimônio. A seguir vem Jardim da Penha (4.962), Praia do Canto (4.507), Enseada do Suá (2.618), Santa Lucia (1.683), Bento Ferreira (1.654) e Vila Rubim (1.412).
“As nossas principais propostas são instituir o programa Vitória Segura, cujas ações serão coordenadas diretamente no gabinete do prefeito. O prefeito de Vitória, delegado Pazolini, não se omitirá diante da onda de violência na cidade. Ampliaremos a presença ostensiva da Guarda Municipal, valorizando, treinando e capacitando nosso efetivo. Teremos convênios com as polícias Civil, Militar e Federal e um centro de inteligência para monitorar as organizações criminosas. Vitória não pode ter mais a Avenida Leitão da Silva fechada, a Serafim Derenzi fechada, e essa onda de crimes que nós tivemos na Capital”, disse o então candidato a prefeito Pazolini.