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Cesta básica de alimentos em Vitória (ES) já compromete 62,51% do salário mínimo, segundo o Dieese


Vitória (ES) teve a sétima cesta básica mais cara do Brasil, em julho. A mais cara no último foi a de São Paulo (R$ 760,45), seguida de Florianópolis (R$ 753,73), Porto Alegre (R$ 752,84), Rio de Janeiro (R$ 723,75), Campo Grande (R$ 707,00) e Brasília (R$ 703,93). O salário mínimo de julho deveria ter sido de R$ 6.388,55


Leite, banana e farinha de mandioca foram os campeões da carestia para os capixabas, em julho último, de acordo com o Dieese | Foto: Reprodução/internet

Em julho, o valor da cesta de alimentos básica de Vitória (ES), calculado pelo escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Espírito Santo (Dieese-ES) apresentou um aumento de 1,14%, passando de R$ 692,84, verificado em junho, para R$ 700,75. Com isso, a Cesta Básica em Vitória representou 62,51% do salário mínimo líquido em comparação aos 61,80% do mês de junho. Resta apenas 37,49% do salário para pagar as contas de água, energia, comprar roupas, calçados, remédios e nada resta para o lazer.

O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou este mês cumprir uma jornada de 127 horas e 12 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos. Caso o governo federal cumprisse com a legislação que criou o salário mínimo, através da Lei 185/1936, assinada pelo ex-presidente Getúlio Vargas, o Dieese atualizou o valor. “Em julho de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.388,55 ou 5,70 vezes mais do que o mínimo líquido atual de R$ 1.121,10”, diz a entidade.

Lista dos produtos e suas respectivas quantidades que devem ser consumidos por uma família de trabalhadores, durante um mês, como preconiza a lei de Getúlio Vargas, que criou o salário mínimo | Imagem: Dieese

Os campeões da carestia em julho

Na avaliação mensal, os produtos que registraram elevação expressiva nos preços foram o leite (35,49%) e a banana (16,29%). Produtos essenciais que constam na relação da lei que criou o salário mínimo, tem preços absurdos. Esse é o caso da carne bovina. A lei estabelece seis quilos mensais por família e essa quantidade subiu de junho para julho, de R$ 251,94 para R$ 261,78. Já o pão francês, a legislação determina um consumo familiar mensal de seis quilos, cujo valor subiu de R$ 104,88 para R$ 105,36, entre junho e julho.

 Os produtos que registraram as maiores reduções nos preços foram o tomate (28,48%) e a batata (20,57%). Em julho, nenhum produto apresentou estabilidade no preço. O café em pó, cuja quantidade determinada pela lei do salário mínimo é de 600 gramas mensal, teve uma ligeira queda de 1,20%, vindo de R$ 19,10 (junho) para R$ 18,87 (julho).