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PF faz busca e apreensão em endereços de empresários bolsonaristas que articulavam implantação de ditadura no Brasil


Segundo a PF, .as buscas foram realizadas  nesta manhã de terça-feira (23) nas residências dos suspeitos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Luciano Hang teve seu celular apreendido


Mensagens trocadas entre os empresários bolsonaristas no grupo de WhatsApp “Emrpesários & Política”, articulando um golpe caso o ex-presidente Lula vença e as eleições | Imagens: Reprodução do portal de notícias Metrópoles.

A Polícia Federal (PF) emitiu às 9h16 desta terça-feira (23), uma nota de duas linhas para informar que estava cumprindo determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para promover a busca e apreensão nos endereços dos empresários bolsonaristas que estavam articulando a implantação de uma ditadura no Brasil caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições presidenciais. “A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (23/8) oito mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará”, diz a curta nota.

Os empresários de extrema-direita já são os velhos conhecidos bolsonaristas: Luciano Hang, da Havan; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping; Luiz André Tissot, do Grupo Serra; Meyer Nigri, da Tecnisa; Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu. Eles participavam de um grupo de WhatsApp denominado de “Empresários e Política”, que tem 250 empresários bolsonaristas.

Alguns desses empresários bolsonaristas são mais desinibidos e dizem de forma rasgada que querem um golpe ditatorial “um milhão de vezes”, caso o candidato Lula vença as eleições | Imagem: Reprodução/portal Metrópoles

As articulações desses empresários contra a democracia somente vieram a público após revelação feita pelo jornalista Guilherme Amado, que atua como colunista do portal de notícias Metrópoles, de Brasília. Para praticar o crime, os empresários utilizam de um grupo de WhatsApp. O empresário bolsonarista Luciano Hang participa do grupo, mas não teve o print de suas mensagens capturadas pelo portal de notícias.

Todos os citados na ordem do ministro do STF tiveram as suas casas vasculhas pela PF, que procurou as provas do crime contra a democracia. No caso específico de Hang, amigo pessoal de Bolsonaro, Moraes ordenou que fossem feitas buscas e apreensões na sua residência, na casa de veraneio e no escritório. Segundo o portal UOL, a assessoria de imprensa do dono da rede de lojas Havan informou que Hang estava trabalhando em sua empresa quando a Polícia Federal chegou às 6 horas e que teve o seu celular de Hang foi recolhido pelos policiais.

O portal ainda detalhou quem são os empresários bolsonaristas, que articulavam a implantação de uma ditadura no Brasil Veja quem são os empresários do grupo bolsonaristas de WhatsApp:

Luciano Hang

O empresário Luciano Hang é fundador da rede varejista Havan. Amigo de Jair Bolsonaro, Hang costuma dar declarações favoráveis ao presidente e é frequentemente visto usando camisetas ou ternos com as cores da bandeira do Brasil, em sinal de apoio ao governo.

Durante a pandemia da COvid-19, o empresário foi contra o isolamento social e criticou a vacina.  Hang aparece na lista de mais ricos do mundo da Forbes. Hoje, sua fortuna é estimada em US$ 4,8 bilhões. O executivo vem tentando abrir o capital da companhia, sem sucesso.

Afrânio Barreira

Afrânio Barreira é fundador da rede de restaurantes cearense Coco Bambu, especializada em frutos do mar, que tem 64 unidades em vários Estados. O negócio foi criado em Fortaleza, em 1989, e começou a se expandir para outras regiões do País nos últimos dez anos.

Meyer Nigri

Meyer Nigri é fundador e controlador da empresa do setor imobiliário Tecnisa. Foi um dos primeiros empresários de expressão nacional a apoiar Bolsonaro, ainda na campanha de 2018. De lá para cá, Nigri ganhou trânsito livre em Brasília e articulou propostas.

José Isaac Peres

Fundador e controlador da gigante dos shoppings Multiplan, José Isaac Peres está entre os bilionários brasileiros, com fortuna avaliada pela Forbes em US$ 1,2 bilhão. A Multiplan é uma das maiores empresas de shoppings do país, com 20 unidades, mais de 5.800 lojas e cerca de 190 milhões de visitas ao ano.

Marco Aurélio Raymundo, o Morongo

Mais conhecido pelo apelido Morongo, o médico gaúcho Marco Aurélio Raymundo fundou a marca de surfwear Mormaii. Há mais de 40 anos no mercado, a marca é ligada aos esportes de ação e à cultura do surfe e conta com dezenas de lojas franqueadas, além de studios fitness e quiosques. No total, a Mormaii tem mais de cinco mil produtos com o nome da marca.

André Tissot

André Tissot é presidente do Grupo Sierra, reconhecido internacionalmente pela produção de móveis de luxo de madeira. Criado em 1990, em Gramado (RS), o grupo ficou 32 dias com as atividades paralisadas em meio à pandemia, mas disse ter sido beneficiada pelo aumento demanda, à medida que, por causa da própria pandemia, as pessoas ficaram mais em casa.

José Koury

José Koury é proprietário do shopping Barra World, no Rio de Janeiro. O empresário atua no mercado imobiliário da cidade. Em abril, participou de almoço de empresários cariocas com o presidente Jair Bolsonaro.

Ivan Wrobel

O empresário Ivan Wrobel é dono da construtora de imóveis de alto padrão W3 Engenharia, com atuação principalmente na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo o Metrópoles, no grupo de mensagen no Whatsapp, o empresário se apresentou como eleitor de Jair Bolsonaro desde seu segundo mandato como deputado.

Vitor Odisio

Vitor Odisio se apresenta nas redes sociais como CEO da Thavi Construction, engenheiro, coach, mentor e empreendedor social.

Carlos Molina

Carlos Molina é fundador e sócio-diretor da empresa Polaris, que presta serviços de auditoria, pesquisa e consultoria de processos, com especialização na auditoria, acompanhamento e avaliação dos serviços executados por prestadores terceiros.