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Bolsonaro insiste em mentir e volta a fazer grosserias com mulheres, durante o debate da Band


“Tenho a experiência de Alckmin para me ajudar a reconstruir esse país”, disse Lula no primeiro encontro entre os candidatos à Presidência. “Fui procurar um companheiro com a experiência de 16 anos de governo de São Paulo para me ajudar a governar esse país. Eu sei o que fiz, sei o que vou fazer e, por isso, eu não entro no campo da promessa fácil, porque eu sei como é difícil”.


Debate na Band foi o primeiro entre os candidatos à Presidência | Foto: Divulgação

No primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado neste domingo na Band, promovido por um pool, entre as emissoras de rádio e TV do grupo Band, TV Cultura, UOL, Folha de São Paulo, com apoio do Google e do YouTube, o comitê de Lula listou 30 mentiras ditas por Bolsonaro durante o evento. “Como, infelizmente, já podíamos esperar, a principal arma de Bolsonaro foi a mentira, a distorção de fatos e a opção por atacar desonestamente Lula e o PT, além de inventar supostos ‘benefícios’ que seu governo teria gerado aos brasileiros”, assinalou o comitê de Lula.

Entre as mentiras, disse que não tem marqueteiro, omitindo que tem sob o seu comando o marqueteiro Duda Lima e o seu filho Carlos Bolsonaro. Mentiu ao dizer que escolheu seus ministros por critérios técnicos. Mentiu ao dizer que não tem problema com nenhum poder, e durante o mesmo debate voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal. Faltou com a verdade ao afirmar que seu governo “atende os mais necessitados”, quando o que fez foi trazer o Brasil de volta ao mapa da fome.

Mentiu ao dizer que vai manter o Auxílio Brasil de R$ 600,00 em 2023, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem não trazendo esse benefício, que termina em dezembro próximo. Também mentiu ao dizer que sancionou mais de 60 leis para mulheres, quando foi constatado de que ele desmontou as políticas públicas de proteção às mulheres. E voltou a mentir ao defender o sigilo de 100 anos para as falcatruas de seu governo, alegando que foi para preservar “questões pessoais”. Também mentiu ao dizer que diminuiu a violência contra mulheres em seu governo, quando ocorreu o contrário, com explosão de casos de feminicídio e violência doméstica.

No podcast de fisiculturistas, nesta última sexta-feira (26), Bolsonaro negou que exista 33 milhões de brasileiros passando fome | Vídeo: Trecho do Podcast Ironberg/YouTube

Bolsonaro nega que exista brasileiros passando fome

Após ter negado nesta última sexta-feira (26) de que exista fome “prá valer” no Brasil, durante participação no podcast da Academia Iron Ironberg, de São Caetano do Sul (SP), o presidente Bolsonaro voltou a repetir os dados de quer haja 33 milhões de brasileiros famintos, que foi apontada no  2º Inquérito Nacional sobre insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. A pesquisa foi feita executada pela Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), com execução do Instituto Vox Populi, e que tem apoio e parceria de Ação da Cidadania, ActionAid, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e Sesc São Paulo e publicada no Grafitti News em 9 de junho último e pode ser lida clicando neste link.

No debate da Band, neste último domingo (28), ele voltou a dizer que é demagagocia dizer que exista mais de 33 milhões de famintos no Brasil. “Esses mais pobres que estão passando necessidade, alguns passam fome, sim, não nesse número exagerado. Querer fazer demagogia com números aqui fica complicado. Isso é inadmissível”, afirmou o atual presidente alheio ao que se passa no País.

Atual presidente foi agressivo com mulheres durante o debate

No segundo bloco do debate da Band, Bolsonaro repetiu as grosserias com costuma fazer com as mulheres e se alterou com a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, que fez uma pergunta para Ciro Gomes (PDT) e para ele. “A cobertura vacinal está despencando nos últimos anos. Em que medida que a desinformação difundida pelo presidente pode ter agravado a pandemia de covid?”, perguntou Vera Magalhães a Ciro, para Bolsonaro comentar.

Bolsonaro respondeu: “Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo, mas tudo bem”. Depois, ele atacou a senadora Simone Tebet, que respondeu a altura:

“Eu quero dizer que não tenho medo. Eu não tenho medo das fake news e dos robôs do seu governo. Quero dizer para o presidente, eu não tenho medo nem de você nem dos seus ministros. Recebi violência política na CPI, um ministro seu tentou me intimidar porque denunciei um esquema de corrupção da vacina que vossa excelência não quis comprar”, respondeu a candidata do MDB.

“Tigrão para mulheres e tchuchuca para homens”

Soraya Thronicke (União) manifestou solidariedade a Tebet e a Vera Magalhães e acusou Bolsonaro de mentir. “Quando homens são tchutchukas com outros homens e vêm pra cima da gente como tigrão, eu fico muito brava”, disse a senadora, que assim como Tebet representa o Mato Grosso do Sul. “No meu Estado tem mulher que vira onça, e eu sou uma delas”, disse a candidata

Ministérios divididos por sexo e não por capacidade intelectual

A jornalista Ana Estela de Souza Pinto da Folha de São Paulo quis fazer uma pergunta sobre diversidade em cargos ministeriais para o candidato e acabou fazendo um estranho questionamento. Ele perguntou aos candidato Lula (PT) e Simone Tebet: (MDB), se poderiam se comprometer a preencher os seus futuros Ministérios por sexo, “com pelo menos metade de ministras mulheres” e não por competência profissional. O sexo seria, no entendimento da jornalista, mais importe do que a capacidade de enfrentar os desafios de cada pasta.

 Lula iniciou a resposta dizendo: Olha, primeiro, eu não sou de assumir compromisso, de me comprometer a fazer metade, a indicar religioso, a indicar mulher, indicar negro, indicar homem. Ou seja, você vai indicar as pessoas que têm capacidade pra assumir determinados cargos”. Já a emedebista optou em fazer a velha política de promessas eleitorais, deixando de lado a capacidade técnica e intelectual, para priorizar a divisão ministerial entre pênis e vaginas, e respondeu: “Nós temos condições de colocar 50%. E mais, nós teremos participação de negros. Mas há um terceiro requisito que eu divirjo do ex-Presidente. O meu ministério terá paridade de mulheres e homens”.