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Enquanto Bolsonaro falava mentiras e atacava Lula na ONU, o DJ Alok fazia no mesmo local promoção da cultura indígena

Enquanto Bolsonaro usava a tribuna da 77ª Assembleia Geral da ONU para falar mentiras e atacar Lula, no mesmo edifício-sede da ONU o DJ Alok fazia o que o presidente não fez: Promover os índios e se preocupar com a mudança climática | Vídeo: ONU

Ao mesmo tempo em que o imbroxável e inominável presidente brasileiro< Jair Bolronaro (PL) usava de sua verborragia, com mentiras e ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em plena abertura da 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o DJ Alok estava no mesmo prédio da organização internacional promovendo a cultura indígena. Segundo o informativo da entidade, o ONU News, “O Futuro é ancestral” é um projeto que reúne música eletrônica com cantos indígenas e deve ser lançado em 2023.

O intuito é promover parceria com Pacto Global da ONU, com o intuito de beneficiar iniciativas indígenas na Amazônia e restante do Brasil. O projeto é coordenado pelo DJ Alok, através da Fundação Alok, que lidera o projeto com objetivo de arrecadar fundos a serem destinados a ações com os indígenas brasileiros. A ONU News ouviu o DJ Alok , que falou da relevância de um projeto inédito saído do Brasil para o mundo, unindo esses contextos musicais.

“Eu acho que num momento em que a ONU está debatendo vários assuntos muito importantes em relação às mudanças climáticas e ao aquecimento global, é muito necessário a presença deles aqui, já que eles são verdadeiros guardiões. Muitas vezes a gente fala muito de preservação, mas não compreende muito a natureza. A gente já se desconectou dela há muito tempo. Uma forma legal de se conectar coma floresta é ouvir o que ela tem a dizer. Uma forma boa de fazer isso é através de cantos indígenas. É isso que a gente está aqui para fazer as pessoas sentirem“, disse Alok.

Segundo a própria ONU, Alok é um dos nomes mais conhecidos da música eletrônica no mundo, empenhado em ajudar a perpetuar o elemento cultural dos povos nativos. Uma das participantes do evento, a comunicadora e ativista. Nesse evento paralelo à Assembleia Geral participaram cantores, jornalistas, pesquisadores, cientistas e filantropos que debateram o impacto.

Bolsonaro recebeu em Nova York a indignação dos moradores da cidade pela sua presença, com protestos em frente ao hotel onde se hospedou e com projeções gigantes no edifício-sede da ONU e no histórico prédio Empire State Building | Vídeos: Redes sociais

“Broxonaro” e “Tchutchuca”: O novo vexame internacional de Bolsonaro

Logo após dar vexame internacional em Londres, ao desrespeitar o luto dos ingleses pela morte da rainha Elizabeth II, Bolsonaro foi alvo de fortes protestos em Nova YorK, onde foi participar da Assembleia Geral da ONU. Na chegada ao hotel, se deparou com um protesto, onde foi chamado de genocida, de Tchucuca do Centrão e fora Bolsonaro. Entusiasmados, os participantes do protesto ainda gritaram em coro Bolsonaro na cadeia e “Ô Tchuchuca, você pode crer, a Federal vai te prender”.

Como não bastasse, prédios importantes de Nova York tiveram imensas projeções de protestos, para qualquer um que estivesse na cidade soubesse que uma pessoa indesejada estava na mais importante cidade do mundo financeiro internacional. Foi assim a projeção no edifício-sede da ONU, que teve a foto de Bolsonaro estampada com a legenda em inglês Brazilian shame, Verguenza, em espanhol, que em português quer dizer Vergonha brasileira e “Desgraça” e “enrolador’, em vários idiomas.

As imensas projeções também foram feitas no histórico prédio de 102 andares, o Empire State Building, ostentaram os letreiros “Broxonaro”, “Tchuchuca” e “Tchucuca do Centrão”. As projeções causaram surpresa e deixou os nova iorquinos intrigados. O Empire State fica na 5ª Avenida, entre as ruas 33ª e 34ª Oeste, no centro mais movimentado de Nova York. Na ONU, ao invés de falar sobre a mudança climática, Bolsonaro usou seu tempo para falar mentiras, como a de que a “floresta está intocada” e atacar o ex-presidente Lula. Mais parecia um prefeito interiorano falando mal de seus opositores, em um encontro onde estavam os líderes mundiais.