Em encontro em São Paulo, ex-presidente afirmou que o fortalecimento do SUS é indispensável para garantir atendimento gratuito de especialidades a idosos
Em encontro com representantes de movimentos e associações de idosos e aposentados nesta quinta-feira (22/09), em São Paulo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Previdência pode ser melhor, se for mais humanizada, e sinalizou recriação de ministério específico que cuidava da área e que foi extinto pelo governo Bolsonaro logo no primeiro dia de governo. “A Previdência pode ser muito melhor se ela for humanizada e se ela aproveitar o que nós temos de mundo digital para poder modernizar a nossa atuação da Previdência”.
Na área da saúde, o ex-presidente defendeu que o Estado ofereça gratuitamente especialidades a idosos que precisam de cuidados ou sofrem, por exemplo, de dores nas pernas ou nas costas. “E isso tem que ser gratuito para o companheiro que está aposentado.
Da mesma forma que você criou médico de saúde, que as pessoas visitam as casas, o fisioterapeuta ir gratuitamente, ou pela prefeitura ou pelo SUS, na casa das pessoas, fazer treinamento e exercitar as pessoas. Porque se a gente ficar parado a gente fica atrofiado. A gente fica inútil. Da mesma forma, nós vamos ter, que é uma profissão que está surgindo com força, que é a de cuidadores. Nós vamos ter que formar muita gente, e nós temos que transformar isso em um serviço público”, afirmou.
Fim das filas do INSS
Ao receber de representantes das entidades propostas para melhoria da qualidade de vida de idosos e aposentados, Lula defendeu o fortalecimento do SUS para oferecer esses atendimentos e lembrou do legado de seus governos. Contou, por exemplo, sobre a atuação para reduzir as filas do INSS e dar agilidade na concessão de benefícios como aposentadoria e licença maternidade e disse que os governos petistas provaram que a Previdência pode ser melhor. Com isso, anunciou a recriação de ministério para cuidar da área.
O ex-presidente recebeu reconhecimento de diferentes interlocutores sobre os avanços que promoveu em seus governos, como a criação do Estatuto do Idoso, e disse ser responsabilidade fazer com o país respeite seus filhos.
“É da nossa responsabilidade fazer com que esse país respeite os seus filhos. Não é apenas no hino nacional, não, é no comportamento do governante. E vai mudar, pode ficar certo que muita coisa vai mudar nesse país e eu só estou voltando a ser candidato por isso. Se eu não acreditasse que é possível mudar, eu não estaria. Eu ficaria em casa, mas eu acho que nesse momento o Brasil está precisando muito de um solavanco, e o solavanco somos nós que vamos dar, somos nós que vamos conseguir fazer”.