Mesmo com os sucessivos ataques do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) através de cortes nos orçamentos das universidades brasileiras, em ataques contra a comunidade científica brasileira, o QS University Rankings América Latina 2023 apontou que s melhores universidades brasileiras dominam a produção de pesquisa na América Latina. Nesse mesmo levantamento, a Ufes ficou em 109º lugar na região e em 30º entre as brasileiras, entre 428 instituições inclúidas no ranking e 98 brasileiras.
O QS Latin America é desenvolvido pela Quacquarelli Symonds (QS), consultoria britânica que publica alguns dos rankings mais conhecidos do mundo. A Pontifícia Universidad Católica de Chile e a Universidade de São Paulo estão no 10 e 20 lugares, respectivamente, enquanto a Universidad de Chile ficou na 3a posição. Das 98 universidades brasileiras classificadas, 23 melhoraram sua posição, 24 diminuíram e 47 permanecem estáveis no último ano. Esse foi o caso da Ufes, que está 37,6% acima da média latino-americana e 21,5% da brasileira, com aumento de mais de cinco pontos percentuais em relação ao resultado do ano anterior. Quatro universidades brasileiras entraram pela primeira vez no ranking este ano.
O secretário de Relações Internacionais da Ufes, Yuri Leite, destaca o nível de excelência das universidades públicas. “Entre as 30 mais bem colocadas do Brasil, 25 são públicas, sendo 20 universidades federais”, aponta. Os índices que mais subiram este ano foram o da rede internacional de pesquisa (em que a Ufes ficou em 36º lugar, com 89% da pontuação máxima), de impacto web (54º, com 52,8% dos pontos) e de citações por artigo científico (113º, com 35,5%).
Universidade capixaba está acima da média em relação a pesquisadores com doutorado
A Ufes também está bem posicionada regionalmente, acima da média, em relação ao número de pesquisadores com doutorado (em 21º, com 97,7% do máximo) e ao índice de artigo por pesquisador (56º, com 56,6%). Na pontuação geral, obteve 38,6 pontos em 100. No último ano, o número de citações de artigos científicos (excluídas as do próprio autor) da Ufes aumentou de 23.058 para 30.934, incrementando a média de citação de 4,5 para 5,5.
Esse foi o item individual no qual a Universidade mais subiu, crescendo 18 posições. Já em relação à média de artigos por docente, a Universidade subiu de 2,8 para 3,1. A média atual da Ufes equivale a mais que o dobro da regional, que é de 1,5. A Ufes começou a participar desse ranking na edição de 2013-2014 (na época, o ranking era elaborado com dois anos) e subiu doze posições na classificação desde que foi incluída pela primeira vez. Saiba mais informações sobre outros rankings dos quais a Ufes participou no site da Secretaria de Relações Internacionais.