No primeiro debate do segundo turno na televisão, Lula alegou ter enfrentado as mentiras de Bolsonaro e diz que vai consertar o país trazendo de volta estabilidade, cuidando do povo, combatendo a fome e gerando emprego
No primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais, neste domingo (16), realizado pela Band, Lula mostrou que o Brasil não suporta mais um governo que não cuida do povo, gera confusão e ainda por cima tenta se manter com base em mentiras. “Esse país precisa de gente com muita seriedade para governar. Tem que ter alguém com credibilidade, que garanta estabilidade e previsibilidade. Esse país não pode ter um governo que parece um biruta, que todo dia fala uma coisa e depois desdiz. Precisa de gente séria”, disse Lula.
O primeiro debate do segundo turno foi realizado através de um pool formado pela Band, TV Cultura, UOL e Folha de São Paulo e com o apoio do Google e do YouTube. O debate falou pouca coisa sobre economia e não houve nenhuma discussão sobre ciência e tecnologia. Bolsonaro fugiu de pergunta feita pela Folha de São Paulo, que questionou como ele pretende viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil, uma vez que não consta o valor de R$ 600,00 no orçamento do próximo ano. O atual presidente se esquivou e não disse nada sobre o assunto.,
Outro tema importante no Século XXI é o combate à destruição da Amazônia, que vem ocorrendo no atual governo e questionamento feito por Lula nesse sentido foi desvirtuado por Bolsonaro, que, ao invés de responder, optou em prosseguir com as suas acusações grosseiras contra o candidato do PT.
Reconstrução do Brasil
Logo no começo, o ex-presidente explicou que é candidato porque quer reconstruir o Brasil. “Fazer com que ele volte à normalidade, que as instituições funcionem corretamente. Mas, sobretudo, para trazer o povo pobre à cidadania outra vez”, afirmou, lembrando que já fez “a maior política de inclusão social que o país já conheceu”.
Ao contrário de Bolsonaro, que não apresentou, em quase quatro anos de mandado, nenhuma realização para mostrar e que segundo Lula ‘tenta roubar” as obras do PT, como a transposição do Rio São Francisco”, o candidato do PT lembrou à população de que é possível sim fazer o país melhorar, basta planejar.
Aumento real do salário mínimo: Bolsonaro se sileinciou
Lula disse durante o debate que foi com planejamento que entregou 13 mil obras do PAC e deixou outras 13 mil iniciadas, gerou 22 milhões de empregos com carteira assinada, aumentou o salário mínimo em 74% acima da inflação, tirou 36 milhões de pessoas da miséria extrema, levou 42 milhões de pobres ao padrão de consumo da classe média, criou 422 escolas técnicas e 18 universidades e fez o número de universitários crescer de 3,5 milhões para 8 milhões. Bolsonaro não falou em reajustar com aumento real as aposentadorias e nem o salário mínimo. O atual presidente ao invés de dizer o que pensa sobre o assunto, optou em fazer xingamentos contra Lula e o PT.
A criação de universidades, aliás, foi um dos vários temas de que Bolsonaro fugiu. Não respondeu quantas universidades criou em seu governo (foi Lula quem teve de dizer que foi só uma, autorizada ainda por Dilma Rousseff) nem explicou por que não aumentou o salário mínimo nenhum ano, deixando 22 milhões de aposentados sem reajuste real durante todo o seu governo.