A Ufes comemora na próxima semana, entre os dias 24 a 27 de outubro, a Semana do Livro e da Biblioteca com atividades abertas ao público. No campus de Goiabeiras, haverá roda de conversa sobre literaturas no Espírito Santo, mesa-redonda sobre livros e circulação de ideias e palestra sobre empreendedorismo para profissionais da informação. Os eventos acontecem no auditório da Biblioteca Central (BC) e têm entrada gratuita. Confira a programação.
O público também vai conferir uma série de atividades culturais, com momentos dedicados à música e à dança no hall da BC. A programação conta com recital de música, apresentações do Coral da Ufes; do conjunto de Música Antiga da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames); dos grupos Dança Sênior e Dança Flamenca, do projeto de extensão Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi); e do grupo Sons e Ritmos, composto por estudantes do curso de Música da Ufes.
As atividades integram as comemorações dos 40 anos de construção do prédio da Biblioteca Central da Ufes, a maior biblioteca pública do Espírito Santo. “A BC é um espaço bastante importante e significativo para a comunidade universitária, que atende também a população capixaba. A variedade de eventos que vão acontecer durante a Semana traduz todo o potencial de cultura e difusão de conhecimento que pode conter dentro desse espaço”, acrescenta o diretor da Biblioteca Central, Fabio Medina.
Os eventos são promovidos em parceria entre o Sistema Integrado de Bibliotecas, o Conselho Regional de Biblioteconomia da 6ª Região, a Secretaria de Cultura da Ufes, a Pró-Reitoria de Extensão da Ufes e a Rede de Estudos das Competências, um projeto extensionista da Universidade.
Maruípe
A Biblioteca Setorial de Maruípe realiza pela primeira vez a Semana da Biblioteca do Centro de Ciências da Saúde (CCS), com palestras voltadas a estudantes, docentes e profissionais da área da saúde. As atividades acontecem de 24 a 27 de outubro, no Auditório Rosa Maria Paranhos e no auditório do CCS. As inscrições são gratuitas.
A programação conta com palestras sobre tipos de revisão de literatura e os caminhos desde a elaboração até a publicação de um artigo científico. Os conteúdos serão ministrados pela Gerente de Treinamentos da Ovid (base de dados para pesquisa e revisão de literatura), Anna Carolina Alencar, e pelo professor do Departamento de Educação Integrada em Saúde da Ufes (CCS) e editor-chefe do Jornal of Human Growth and Development (JHGD), Luiz Abreu.
A definição dos temas foi motivada pelo crescimento do cuidado em saúde baseado em evidências, cujo principal veículo de divulgação é a publicação de artigos científicos. “Durante nossos atendimentos presenciais e por meio dos feedbacks recebidos no curso EaD Introdução à Busca em Bases de Dados, percebemos que a maior parte do público-alvo tem a pretensão ou a necessidade de publicar”, explica a bibliotecária Lizzie Chaves, uma das organizadoras do evento.
Vantagem do livro físico em relação ao digital
A Editora Saraiva, através da Saraiva Educação, promoveu um debate sobre livros físicos e digitais. Dentro da conclusão de que apesar do sucesso recente dos livros digitais, os livros impressos continuam com seu espaço. “Na verdade, há quem diga que nada — nenhuma tecnologia, atual ou futura — poderá fazer com que eles percam a relevância”, assinala. E foram enumerados uma série de motivos.
Entre esses está o fato de que ao contrário dos livros digitais, os livros físicos são objetos extremamente colecionáveis. “Mais do que um arquivo que será baixado para um aparelho, eles são feitos de detalhes pensados para o seu público, e que podem variar muito de publicação para publicação. A capa, a lombada, a diagramação e até a cor das páginas são elementos que alguns leitores levam em consideração na hora de escolher qual livro comprar. E algumas editoras lançam edições especiais que podem ser adquiridas por um valor mais alto”, é destacado.
Outro item imbatível e favorável ao livro impresso citado, é que os livros digitais podem ser lidos em dispositivos móveis que usamos no dia a dia, como celulares e tablets. “E, nessas plataformas, é comum que sejamos interrompidos por notificações e sons indesejados a todo momento. Já com os livros físicos, essa interrupção tende a ser menor. É mais fácil para o leitor se afastar de objetos que geram distrações recorrentes e também de resistir ao impulso de checar um aplicativo de redes sociais no meio da leitura.”
Um fato que pesa contra os livros digitais é que ele promove um esforço dos olhos do leitor, o que leva em muitos casos a promover problema de visão e exige o uso de óculos, com lentes com grau cada vez mais forte. “Nossos olhos estão constantemente expostos à luz de telas dos diferentes aparelhos. Seja o telefone celular, seja o notebook ou o tablet, o tipo de luz emitida tende a cansar a nossa vista rapidamente.”
Por isso, os livros físicos também são as melhores opções para quem deseja ler por mais tempo. Além de forçar menos a nossa vista, alguns deles são pensados de maneira a melhorar a experiência de leitura — usando páginas amareladas, por exemplo. Em bibliotecas universitárias, a presença de livros físicos pode incentivar a leitura e o estudo. Especialmente quando falamos de ensino híbrido, a opção por consultar materiais que não demandam uma tela pode fazer toda a diferença para o aluno, conclui.