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Descoberto plano de Bolsonaro para reduzir salários e aposentadorias, assim que terminar as eleições

Com a descoberta antecipada do plano de redução salarial pelo atual presidente Bolsonaro, o eleitor vai votar sabendo se quer ou não que seus vencimentos percam o poder de compra | Vídeo: YouTube

O comitê central de campanha do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e candidato à reeleição entrou em desespero nesta última quinta-feira (20), após o jornal Folha de S. Paulo (FSP) ter revelado o plano maquiavélico para após o término do segundo turno, onde pretende acabar com a correção inflacionária do salário-mínimo e das aposentadorias. A revelação ocorre exatamente na campanha eleitoral, onde o adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garante que vai implementar o oposto, com reajustes acima de inflação para os salários e as aposentadorias do INSS.

Em síntese, a FSP informou que o atual ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes, pretende apresentar um plano para reformular as contas públicas do país caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito. A reformulação que apenas aguarda o fim do período eleitoral, estabelece que será desvinculada da inflação o valor mínimo do salário e dos benefícios previdenciários. Para isso será uma emenda constitucional, já que a Constituição em vigor dá a garantia de que o salário mínimo seja corrigido e mantenha o seu poder aquisitivo.

No plano de Bolsonaro, que está guardado na gaveta do seu ministro da Economia, tanto o assalariado quanto o aposentado, vão ter uma diminuição contínua no poder de compra. O texto diz que será considerado apenas a expectativa de inflação traçada anteriormente pelo governo. Com isso, o índice inflacionário que ultrapassar, vai representar uma correção abaixo da inflação. A FSP lembrou que a meta de inflação para este ano é de apenas 3,5%, enquanto a inflação medida pelo INPC, de janeiro a setembro deste ano, já está em 4,32%.

O próprio ministro de Bolsonaro para a Economia, Paulo Guedes, confirma que é verdade o plano de redução dos salários e das aposentadorias, de acordo com declaração dada a blogueiros bolsonaristas | Vídeo: redes sociais

Janones foi o primeiro a denunciar a redução de salários e aposentadorias

Na tarde desta última quinta-feira (20), logo após a revelação feita pela FSP, o deputado federal André Janones (Avante-MG) foi a frente do edifício-sede do Ministério da Economia, fez uma live e acusou o governo Bolsonaro de propor a redução do valor do salário mínimo, de aposentadorias, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e das pensões. O ministro da Economia Paulo Guedes rebateu as acusações.

Janones disse que estava saindo do prédio para informar que o ministro Paulo Guedes, que comanda a pasta, teria anunciado a redução no valor do salário mínimo, aposentadorias, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pensões. A medida começaria a valer a partir de 2023. “Estou com os documentos aqui nas mãos. Não é fake news, não é notícia falsa. Paulo Guedes acaba de anunciar que os benefícios sociais não serão mais reajustados pelo índice da inflação. Denunciem isso para o país inteiro”, assinalou.

Em seguida, o deputado que está atuando na coordenação de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que se a medida já estivesse em vigor, o salário mínimo seria reduzido para R$ 1.094. “Não estou pedindo votos. Não importa em quem você vota, nos ajude a impedir esse crime.” Ele ainda pediu aos aposentados para que compartilhassem a sua fala em todos os grupos no WhatsApp. “Bolsonaro quer reduzir o valor dos benefícios “ferrando com o povo mais pobre”, afirmou. A coordenação de campanha de Bolsonaro entrou em desespero, diante da antecipação do plano do atual presidente para o após eleição.