A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) emitiu uma nota oficial nesta Terça-feira de Carnaval (16) para criticar a falta de coordenação do Governo federal no combate ao Covid-19 e cobrar um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo. Na mesma nota, a FNP disse ser contra a prioridade dada à política de liberação de armas e à chamada “pauta de costumes”.
“Isso é um desrespeito com a história dos mais de 239 mil mortos e uma grave desconsideração com a população. Prefeitas e prefeitos reafirmam que a prioridade do país precisa ser, de forma inequívoca, a vacinação em massa”, diz o documento da entidade que representa 5.568 municípios Somam-se a esses municípios um distrito federal (Brasília) e um distrito estadual em Pernambuco (Fernando de Noronha).
Exigem respostas
“Que o Brasil não soube lidar com a pandemia, não restam dúvidas, mas, prefeitas e prefeitos, que sempre solicitaram e incentivaram a organização nacional, agora exigem respostas”, afirmou a entidade. A falta de coorenação do Governo Blsonaro doses tem freado a vacinação no país, como Rio de Janeiro, Salvador e Ananindeua (PA).
No documento, a FNP cobra resposta do Governo federal para um cronograma de prazos e metas para a imunização: “por faixa etária, doentes crônicos, categorias de profissionais etc”. “Disso depende, inclusive, a retomada da economia, a geração de emprego e renda da população”, complementa a entidade.
Imcompetência
A incompetência do general de Exército da ativa no comando do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, é apontada na nota oficial emitida pela entidade de representação municipal. “A FNP solicitou, no dia 14 de janeiro, em reunião entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e mais de 130 governantes das médias e grandes cidades do país, encontros para o acompanhamento das imunizações no país”, lembrou em nota.
No entanto, acrescentou: “Na ocasião, ficou acordado que a cada 10 dias o ministro se reuniria com a comissão de prefeitos. Desde então, passados mais de 30 dias, nenhum agendamento foi feito”. “Os sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à Covid-19, e também na condução do Plano Nacional de Imunizações, estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o país”, diz a entidade.