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Academia Marataizense de Letras elege e empossa membros mirins e de inclusão social


Segundo o presidente da instituição, Ricardo de Oliveira Lemos, e a conselheira e secretária geral, Bárbara Pérez, a iniciativa da Academia Marataizense de Letras é a primeira entre as instituições acadêmicas do Espírito Santo a adotar essa medida


Novos acadêmicos empossados, ladeados pelos membros efetivos | Foto: Divulgação

A Academia das Artes, Cultura e Letras de Marataízes e do Estado do Espírito Santo é pioneira em Marataízes e do Estado, sendo a primeira instituição acadêmica a dar posse membros mirins e da inclusão social. Desde sua fundação que a entidade vem prestando serviços relevantes socioeducativos, fomentando de forma expressiva a cultura e as artes, preconizando e incentivando a literatura, como ferramenta primordial para o fortalecimento da igualdade na sociedade, principalmente entre os adolescentes, alunos, negros e da inclusão social. Jovens especiais, que mesmo apresentando morbidades de tipos específicos, superam- se nas artes e na literatura. O que é o caso de autismo e síndrome Down.

A instituição no ano de 2018, empossou o escritor Leonardo da Silva Aguiar, que também, é eximo artista plástico. Contém em seu atelier, lindas telas, confeccionadas no estilo da pintura moderna e, inclusive presenteou a entidade com uma de suas telas, no ato de sua posse. A escrita de Leonardo é em forma de garatujas, e que logo após, feito os rabiscos, ele narra – os com as próprias palavras, e repete quantas vezes for necessário, com as mesmas palavras, as suas garatujas. Portanto, há veracidade de fatos e palavras em seus textos, que ele rabisca na sua forma especifica da escrita, possui o vocabulário preciso e que repete inúmeras vezes, da mesma forma. E, os Pais, transformam suas narrações dos rabiscos, com exatidão em meio as garatujas, em textos descritos normalmente, para os livros. 

Leonardo é portador de síndrome de Down e foi indicado pela acadêmica Maria Dolores Pimentel de Rezende para ocupar o rol de membros desta entidade acadêmica. O seu livro a ‘História da História de Leonardo’, conforme já dito, foi escrito em garatujas e os pais transcreveram através das palavras do autor, para a formatação do livro.

Na solenidade do Décimo terceiro ano de fundação, em 16 de outubro de 2022, Ana Luiza Rodrigues Fernandes de Farias, indicada pelo acadêmico Marco Costa e eleita pela diretoria, tomou posse, mostrando- se extremamente feliz, entre os pares, socializando, tirando fotos e contando sobre seus feitos literários e seus próximos livros.

Ana Luiza é a mais nova acadêmica mirim e de inclusão social da Academia das Artes, Cultura e Letras de Marataízes | Foto: Divulgação

Ana Luiza é portadora de autismo, mas possui habilidades da contação de histórias e, que as transforma, em seus livros da literatura infantil. A exemplo do seu primeiro livro que foi lançado em 2019: “O Sapo esmagado” e o segundo “ A Menina que Virou Sereia”, e conforme ela mesma diz: ”Sou muito inteligente e já estou escrevendo outros livros”- concluiu, sorridente.

Portanto, além do apoio, das famílias e professores, a instituição acadêmica, também apoia os adolescentes, que são considerados clinicamente, portadores de algum tipo de morbidade específica, mas, que possuem as habilidades intelectuais artísticas e literárias. Há uma necessidade da inclusão, desses jovens talentosos à comunidade, além do seio familiar e do convívio escolar. Considerando que a entidade acadêmica é promotora da cultura e das artes e “ser inclusiva”, prevalecendo a pluralidade e o respeito as diferenças. Portanto, vale ressaltar, a importância e o fortalecimento da inclusão social, integrando-os, ao cenário literário e acadêmico, por meio de seus afazeres e vivências artísticas, incentivando – os, promovendo-os, ao convívio socioeducativo e acadêmico, integrando a humanidade ao mesmo patamar de convivência.