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Sindiupes atribui atentado de Aracruz a um quadro atual de violência, discurso de ódio e a banalização de armas

Imagem simboliza campanha mundial contra discurso de ódio e extremismo | Reprodução: Sindiupes

O Sindicato dos (as) Trabalhadores (as) em Educação Pública do Espírito Santo (Sindupes), que representa os professores do ensino estadual público publicou uma nota para alertar sobre a escalada de violência nas escolas. O aumento da violência ocorre no atual governo do derrotado presidente Jair Bolsonaro (PL), que liberou a venda de armas e estimula a violência com discursos de ódio. “Um quadro de violência que vem se agravando nos últimos anos no país, vinculado ao discurso de ódio e à banalização das armas”, diz o Sindicato em nota.

Lembra que os agressores são crianças e adolescentes entre 13 a 16 anos. E citou os casos ocorridos neste ano no Brasil: 26 de setembro: Barreiras (BA); 27 de setembro: Chapada Diamantina (BA); 3 outubro: Sobral (CE) e 25 de novembro: Aracruz (ES). No Brasil há o Código de Defesa e de Proteção as Crianças e Adolescentes que contribui para agravar os crimes, já que a punição é branda e se resume a poucos meses de “apreensão” em instituições para menores de idade.

Convocação

Para chamar a atenção da sociedade e em sinal de protesto aos ataques ocorridos nas escolas de Aracruz (ES), o Sindiupes convoca professores/as e demais trabalhadores/as em educação para que se vistam de luto em seu local de trabalho durante esta próxima semana, entre esta segunda-feira (28) e a próxima sexta-feira (2).

“Nesse momento de grandes perdas, o Sindicato entende que precisamos nos unir nessa rede de solidariedade à comunidade escolar da Escola Estadual Primo Bitti e do Centro Educacional Praia de Coqueiral, alvos dessa enorme tragédia que tirou a vida de três professoras e uma estudante, além de deixar dezenas de feridos”, diz a entidade em nota.

O ataque a tiros cometido por um ex-aluno da Escola Estadual, na sexta-feira (25), ocorre no momento em que a Educação ainda se recupera das graves consequências geradas pela pandemia da Covid-19, o que impactará fortemente a saúde emocional e psicológica de professores/as, estudantes e toda a comunidade escolar, lembra.

O Sindiupes informa que concentrará todos os esforços para manter o debate e buscar caminhos possíveis, e chama a todos/todas para que integrem essa rede de apoio com o objetivo de ajudar familiares das vítimas e  comunidade escolar a superarem as marcas desse trágico episódio.

A entidade sindical ainda destaca que “o ataque a tiros nas escolas de Aracruz não é um fato isolado nem está dissociado da violência que ocorre na sociedade atual.” E completa: “Nesse sentido, para além de cobrar medidas urgentes para impedir a violência dentro e fora da escola, o Sindiupes exige dos governos federal e estadual uma abordagem profissional, multissetorial e institucional para combater efetivamente as causas dessas ações violentas, como o extremismo e o radicalismo que avançam em nosso no país.”