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Ufes hasteia bandeira vermelha em apoio à Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids

Dezembro vermelho -| Imagem: Divulgação

A Ufes hasteia nesta quinta-feira, dia 1º de dezembro, uma bandeira vermelha no mastro ao lado do Teatro da Ufes, no campus de Goiabeiras, em apoio à Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis, denominada Dezembro Vermelho. Além da bandeira, a escadaria do Teatro também será iluminada com luz vermelha.

A campanha é realizada, anualmente, durante o mês de dezembro. O objetivo é orientar sobre a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV/Aids.

Segundo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), até 2021 38,4 milhões de pessoas no mundo viviam com HIV. Destas, 1,5 milhão eram recém-infectadas. Já o número de óbitos por doenças relacionadas à Aids no mesmo ano foi de 650 mil pessoas.

O relatório também aponta que, em 2021, do total de pessoas vivendo com HIV, 36,7 milhões eram pessoas adultas (com idade igual ou superior a 15 anos) e 1,7 milhão era de pessoas com menos de 14 anos.

O Ministério da Saúde orienta que pessoas que passaram por situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, deve fazer o teste de HIV, feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. O teste pode ser feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Caso a exposição sexual de risco tenha acontecido há menos de 72 horas, a orientação é que a pessoa se informe sobre a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP). Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os medicamentos antirretrovirais (ARV) a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento.

Ambulatório no Hucam

Em Vitória, o Ambulatório de Infectologia do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes) coordena projetos de prevenção e tratamento da doença. O programa do ambulatório atende pacientes por meio de centro de testagem anônima, que acontece quando a pessoa é encaminhada a uma unidade tratadora depois de realizar o teste, e também por meio de demanda espontânea.

Secretário-geral da ONU, António Guterres cobra resultados práticos para acabar com a Aids até 2030 – Vídeo: ONU/YouTube

Para a ONU, mundo precisa de soluções comprovadas para eliminar Aids

Neste 1º de dezembro, as Nações Unidas celebram o Dia Mundial de Combate à Aids. O secretário-geral António Guterres destacou os resultados de um relatório publicado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Unaids. O levantamento aponta que as desigualdades estão bloqueando o progresso para o fim da pandemia e para alcançar as metas previstas para 2030.

Guterres lembra que o mundo prometeu acabar com a doença até o final da década, mas está longe de cumprir a meta e corre o risco de milhões de novas infecções e mortes.

Ele pede aos governos de todo o mundo que tornem realidade o slogan “Equidade Já”, ou “Equalize”, em inglês, que foi escolhido para campanha deste ano. Guterres citou que existem “soluções práticas comprovadas” que podem ajudar a acabar com a Aids, como mais financiamento para aumentar a disponibilidade, qualidade e adequação dos serviços para tratamento, testagem e prevenção do HIV.

Para ele, todos precisam ser respeitados e acolhidos. E é urgente implementar de melhores leis, políticas e práticas para combater o estigma e a exclusão enfrentados pelos soropositivos. Segundo Guterres, as desigualdades multifacetadas, que perpetuam a pandemia, podem e devem ser superadas. E para acabar com a Aids, é preciso acabar com as diferenças.

Unaids no Brasil

A representante do Unaids no Brasil, Claudia Velasquez, falou à ONU News, de Brasília, sobre os resultados do relatório e a doença no país.

“Quando falamos em desigualdades, estamos falando, por exemplo, da violência de gênero, do racismo estrutural, do estigma e discriminação contra as pessoas vivendo com HIV. Esses são apenas alguns dos fatores que servem de barreiras, impedindo as pessoas, em maior vulnerabilidade, de ter acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e da Aids. Ou seja, desigualdades matam. O Brasil é uma referência na atenção ao HIV e tem todas as condições para acabar com mais como uma ameaça à saúde pública.”

Ela adiciona que, para isso, o país precisa garantir a equidade e o pleno acesso de todas as pessoas, especialmente aquelas em vulnerabilidade, ao serviço de resposta ao HIV e Aids para que tenham uma vida saudável e produtiva.

Ciência e solidariedade

Já o presidente da Assembleia Geral, Csaba Korosi, ecoou o apelo de Guterres para ação pelo fim da pandemia de Aids. Korosi acredita que a crise da Aids está pode ser amenizada com “soluções baseadas na ciência, solidariedade e sustentabilidade”.

Ele afirma que medidas urgentes precisam ser tomadas para eliminar as desigualdades que tornam as pessoas vulneráveis à infecção. Segundo o líder da Assembleia Geral, se a comunidade internacional agir, 3,6 milhões de novas infecções por HIV e 1,7 milhão de mortes relacionadas à Aids serão eliminadas ainda nesta década.

Korosi pediu a todos os Estados-membros e partes interessadas para renovar seus compromissos políticos e financeiros e acabar com a Aids até 2030.