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Ufes inaugura prédio para pós-graduação e homenageia aluna morta por atropelamento

Ufes homenageia aluna morta em atropelamento, dando seu nome ao novo prédio, que vai abrigar a pós-graduação | Fotos: Ufes

O Centro de Ciências Humanas e Naturais da Ufes (CCHN) inaugura, nesta quarta-feira, 14, às 16 horas, o prédio Luisa da Silva Lopes, dedicado ao Módulo III da Pós-Graduação, no campus de Goiabeiras. Na ocasião, estarão presentes o reitor da Universidade, Paulo Vargas; o vice-reitor, Roney Pignaton; a diretora do Centro, Edinete Rosa; a vice-diretora, Grace da Paixão; e familiares da estudante Luisa Lopes. Marcada para a sala de reuniões do prédio, a homenagem celebra a vida da ex-aluna do curso de Oceanografia, morta no dia 15 de abril deste ano em decorrência de um atropelamento na avenida Dante Micheline.

O novo prédio tem três andares, 48 salas e conta com elevador e banheiros acessíveis. Enquanto as salas de aula serão utilizadas pelos programas de pós-graduação, as salas de reunião e a área da biblioteca estão destinadas a toda a comunidade do CCHN. “A inauguração do prédio afetará diretamente a qualidade das pesquisas desenvolvidas nos programas de pós-graduação do Centro”, afirma a diretora Edinete Rosa.

Tributo

O nome do prédio foi uma escolha da própria comunidade universitária, por meio de edital cultural publicado em junho. Como os dois primeiros prédios da pós-graduação do Centro tiveram seus nomes escolhidos em tributo a uma professora (Barbara Weinberg) e a um técnico-administrativo (Wallace Corradi Vianna), o Conselho Departamental recebeu sugestões de nomes de ex-alunos que tiveram representatividade e relevância na comunidade do CCHN. Após uma pré-seleção, o Conselho chegou a uma lista final com cinco nomes. Em seguida, por meio de questionário on-line, o nome de Luisa recebeu 478 votos de um total de 756, totalizando 63,23% da preferência dos eleitores – docentes, técnicos e estudantes.

Para a diretora do Centro, o nome de Luisa foi escolhido pela comunidade universitária devido a sua atuação junto a movimentos estudantis e sociais. “Ela teve uma atuação importante em ações de inclusão, mesmo com sua vida interrompida de maneira trágica e precoce”, destaca.

Atropelamento foi considerado assassinato pela Polícia

Luisa Lopes gostava de praticar ciclismo e no dia 15 de abril deste ano transitava pela Avenida Dante Michelini, quando a motorista Adriana Felisberto, de 33 anos, que segundo os laudos periciais da Polícia Civil, estava embriagada e com o agravante de ainda ter ingerido remédio de uso controlado, a atropelou e a matou. A conclusão da Polícia é que Adriana Felisberto foi indiciada pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado, por perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima na modalidade de dolo eventual, evidenciado principalmente pelo estado de embriaguez, velocidade e indiferença da indiciada com os fatos.

A investigação policial coletou vídeos de momentos antes do atropelamento, onde Adriana Felisberto bebia cerveja num restaurante localizado no bairro Jardim Camburi, em Vitória. Em seguida, a acusada assumiu a direção do veículo e se dirigiu a um outro bar, no bairro Praia do Canto, onde bebeu mais cerveja acompanhada de vodca. Em seguida, pegou novamente a direção do veículo, quando cometeu o atropelamento contra a ciclista. Mas, como a legislação ainda é branda para crimes de trânsito, a motorista está solta.