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Força Nacional atuará na segurança presidencial durante a posse de Lula


Os militares participarão das atividades de escoltas, em apoio à PRF


Forca Nacional | Foto: Marcelo Camgo/Agência Brasil

A Força Nacional atuará na segurança, por ocasião da Operação Posse Presidencial, no próximo domingo, dia 1º de janeiro de 2023. A portaria nº 259, de 27 de dezembro de 2022, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com a autorização da medida está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (28). As informações são da Agência Brasil e do Partido dos Trabalhadores (PT).

De acordo com o documento, os militares participarão das atividades de escoltas, em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF), em caráter episódico e planejado, no período de 27 de dezembro de 2022 a 2 de janeiro de 2023. A portaria diz ainda que o contingente de militares a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela diretoria da Força Nacional, da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Dino: “A posse ocorrerá como programada em todas as duas dimensões: tanto a institucional, no Congresso e no Itamaraty, como a popular, na Esplanada” | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Dino: “Posse ocorrerá em paz; terroristas não irão emparedar a democracia”

A festa de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva irá transcorrer em paz, com respeito à ordem pública e participação popular, garante o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino. Nesta terça-feira (27), Dino reuniu-se com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e com o futuro ministro da Defesa, José Múcio, para tratar da segurança do evento. Além dos preparativos para a posse, também foi discutida a desmobilização dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis. Segundo as autoridades, a saída de apoiadores de Jair Bolsonaro será acelerada, especialmente após os atos de terrorismo cometidos nos dias 12 e 24 de dezembro, em Brasília.

“A posse ocorrerá como programada, em todas as duas dimensões, tanto a institucional, no Congresso e no Itamaraty, como a popular, na Esplanada, com apresentações”, avisou Flávio Dino, em coletiva, após a reunião, ainda pela manhã. Dino e o governador reiteraram que todo o efetivo da polícia do DF será acionado no próximo dia 1º.

“Terá mobilização integral, 100% das forças policiais do DF para garantir segurança a Lula, delegações estrangeiras e aos que virão a posse”, assegurou o futuro ministro, enfatizando que sua equipe e a do governo do DF estão unidas para estabelecer a paz e a normalidade institucional.

“A democracia venceu e continuará a vencer”, lembrou Dino. “Todas as pessoas que virão à posse participarão do evento em paz e retornarão aos seus lares em paz. Não serão pequenos grupos terroristas, extremistas, que irão emparedar a democracia, não há espaço para isso no Brasil”, advertiu. “[Terroristas] não venceram e não vencerão”. Ele afirmou ainda que não há alterações no roteiro programado para a posse de Lula.

Ao lado de Dino e Ibaneis, Múcio agradeceu o empenho do governo local para que haja uma festa da democracia no dia 1º. “Será pacífica, ordeira, alegre, faremos uma ode à liberdade que reina no país. Estamos afinados, integrados para garantir que será um dia de festa”, ressaltou o futuro ministro da Defesa.

Acampamentos e terrorismo bolsonarista

Durante a coletiva, Ibaneis falou sobre medidas tomadas para desmobilizar os acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis. Segundo o governador, o desmonte dos acampamentos será intensificado até o dia 1º. “Mais de 40 barracas já foram retiradas”, anunciou.

Ibaneis também falou sobre o terrorista apoiador de Bolsonaro, George Washington, que foi preso por planejar explodir um caminhão de combustível na véspera do Natal, nas proximidades do aeroporto de Brasília. Para o governador, não restam dúvidas quanto ao comprometimento de Washington com o terrorismo, com planejamento prévio para o uso de armamento pesado a fim de quebrar a ordem institucional.

“Realmente existia uma mentalidade totalmente voltada para o crime. [George] fez atos preparatórios, inclusive buscando cursos como sniper para poder utilizar armamentos de alta potência. Isso está sendo tratado como um ato terrorista e todas as providências já foram adotadas pela polícia e pelo Judiciário no sentido de proteção”, destacou.

“Essa intenção se manifesta no próprio depoimento dele [à polícia]”, concordou Dino. “Isso não é pitoresco, engraçado, não é uma coisa qualquer e não pode ser tratada assim. Estamos lidando com pessoas que ameaçam vidas e a integridade física e patrimonial e, por isso, receberão penas muito altas”, alertou. Dino observou que a prisão de Washington deve servir de exemplo e que atos de terrorismo não serão tolerados pelo novo governo.