Segundo o IBGE, responsável pelo cálculo do IPCA, a alta dos preços dos alimentos foi o que mais pesou no bolso dos brasileiros em 2022
Pela quarta vez seguida o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encerrou o ano com uma alta de preços superior à meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta era de 3,5% com teto de 5% para 2022. No entanto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,62%, 0,21 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,41%). Em dezembro de 2021, a variação havia sido de 0,73%. Com isso, o IPCA acumulado em 2022 foi de 5,79%, embora tenha ficado abaixo dos 10,06% acumulados em 2021.
Período | Taxa |
Dezembro 2022 | 0,62% |
Novembro 2022 | 0,41% |
Dezembro 2021 | 0,73% |
Acumulado no ano / 12 meses | 5,79% |
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,60%) e o maior impacto (0,21 p.p.) vieram de Saúde e cuidados pessoais, que acelerou em relação ao resultado de novembro (0,02%). A segunda maior contribuição, 0,14 p.p., veio de Alimentação e bebidas, que ficou com alta de 0,66%. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 56% do impacto total do IPCA de dezembro.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Novembro | Dezembro | Novembro | Dezembro | |
Índice Geral | 0,41 | 0,62 | 0,41 | 0,62 |
Alimentação e bebidas | 0,53 | 0,66 | 0,12 | 0,14 |
Habitação | 0,51 | 0,20 | 0,08 | 0,03 |
Artigos de residência | -0,68 | 0,64 | -0,03 | 0,03 |
Vestuário | 1,10 | 1,52 | 0,05 | 0,07 |
Transportes | 0,83 | 0,21 | 0,17 | 0,04 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,02 | 1,60 | 0,01 | 0,21 |
Despesas pessoais | 0,21 | 0,62 | 0,02 | 0,06 |
Educação | 0,02 | 0,19 | 0,00 | 0,01 |
Comunicação | -0,14 | 0,50 | -0,01 | 0,03 |
A segunda maior variação, por sua vez, veio de Vestuário (1,52%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quinto mês consecutivo. Transportes (0,21%) e Habitação (0,20%) desaceleraram ante o mês anterior, quando registraram 0,83% e 0,51%, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre 0,19% de Educação e 0,64% de Artigos de residência.
A alta de Saúde e cuidados pessoais (1,60%) está relacionada ao aumento nos preços dos itens de higiene pessoal (3,65%), em particular os perfumes (9,02%). Em novembro, os preços dos perfumes caíram 4,87%; com a alta de dezembro, o subitem contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, 0,09 p.p. Além disso, também houve alta nos preços dos artigos de maquiagem (5,42%) e dos produtos para pele (3,85%). Os planos de saúde (1,20%) seguiram com a mesma variação do mês anterior, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.
O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,66%) foi puxado pela alimentação no domicílio (0,71%). Destacam-se as altas do tomate (14,17%), do feijão-carioca (7,37%), da cebola (4,56%) e do arroz (3,77%). No lado das quedas, os preços do leite longa vida (-3,83%) caíram pelo quinto mês seguido, contribuindo com -0,03 p.p. no IPCA de dezembro.
Na alimentação fora do domicílio (0,51%), o lanche (1,10%) acelerou frente a novembro (0,42%), enquanto o resultado da refeição (0,19%) ficou abaixo do mês anterior (0,36%).
No grupo Vestuário (1,52%), as roupas femininas tiveram a maior variação (2,10%) e o maior impacto (0,03 p.p.) entre os itens pesquisados. Além disso, os preços das roupas masculinas (1,55%), das roupas infantis (1,46%) e dos calçados e acessórios (1,09%) também subiram mais de 1% em dezembro.
O grupo Transportes (0,21%) teve variação menor que a do mês anterior (0,83%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-1,04%). Também houve recuo nos preços do óleo diesel (-2,07%) e do gás veicular (-0,45%). O etanol (0,48%) foi o único combustível com alta em dezembro. Outro componente do grupo a apresentar alta foram as passagens aéreas (0,89%), cujos preços haviam recuado 9,80% em novembro. Cabe ressaltar ainda a alta do subitem pedágio (3,00%), consequência dos reajustes entre 10,20% e 12,00% em diversas praças de pedágio em São Paulo (3,95%), a partir de 16 de dezembro.
A desaceleração do grupo Habitação (de 0,51% em novembro para 0,20% em dezembro) decorre de altas menos intensas do aluguel residencial (0,40%) e da energia elétrica residencial (0,20%). As variações da energia elétrica nas regiões foram desde -3,54% no Rio de Janeiro, onde houve redução de 5,99% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas, válida desde 15 de dezembro, até 8,77% em Rio Branco, por conta do reajuste de 14,48% nas tarifas residenciais, a partir de 13 de dezembro. Também foram registrados reajustes de 21,54% em Brasília (6,66%), vigente desde 3 de novembro, e de 3,62% em uma das concessionárias de Porto Alegre (2,30%), aplicado desde 22 de novembro.
Ainda em Habitação, a variação positiva da taxa de água e esgoto (0,50%) é consequência dos reajustes de 10,15% em Belém (9,51%), válido desde 28 de novembro, e de 11,82% no Rio de Janeiro (3,65%), em vigor desde 8 de novembro. Já o aumento do gás encanado (3,67%) reflete o reajuste de 10,89% nas tarifas residenciais em São Paulo (7,01%), a partir de 10 de dezembro. No Rio de Janeiro (-0,31%), a queda no gás encanado é consequência da redução de 2,47% nas tarifas, aplicada desde 1º de novembro.
Todas as áreas tiveram variações positivas em dezembro, sendo a maior em Rio Branco (AC) (1,32%), por conta da alta da energia elétrica (8,77%). Já o menor resultado ocorreu no Rio de Janeiro (0,33%), onde, além da queda na energia elétrica (-3,54%), houve recuo nos preços de produtos alimentícios como o leite longa vida (-4,70%) e as frutas (-3,49%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Novembro | Dezembro | Ano | ||
Rio Branco | 0,51 | 0,12 | 1,32 | 5,70 |
Belém | 3,94 | 0,10 | 1,05 | 5,56 |
São Luís | 1,62 | 0,36 | 1,00 | 6,10 |
Recife | 3,92 | 0,39 | 0,88 | 5,80 |
Curitiba | 8,09 | 0,23 | 0,75 | 5,26 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,54 | 0,71 | 4,64 |
Aracaju | 1,03 | 0,12 | 0,66 | 6,03 |
Vitória | 1,86 | 0,09 | 0,65 | 5,03 |
São Paulo | 32,28 | 0,40 | 0,62 | 6,61 |
Fortaleza | 3,23 | 0,28 | 0,61 | 5,76 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,42 | 0,56 | 3,61 |
Goiânia | 4,17 | 0,95 | 0,55 | 4,77 |
Brasília | 4,06 | 1,03 | 0,50 | 6,26 |
Salvador | 5,99 | 0,26 | 0,39 | 6,29 |
Campo Grande | 1,57 | 0,27 | 0,38 | 5,16 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,34 | 0,33 | 6,65 |
Brasil | 100,00 | 0,41 | 0,62 | 5,79 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de novembro e 27 de dezembro de 2022 (referência) com os preços vigentes de 28 de outubro a 29 de novembro de 2022 (base).
IPCA fecha 2022 com alta de 5,79%
O IPCA encerrou o ano com variação de 5,79%, abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Na tabela abaixo, pode-se observar as variações mensais do índice em 2022.
Mês | Variação (%) | ||
Mês | Trimestre | Ano | |
Janeiro | 0,54 | – | 0,54 |
Fevereiro | 1,01 | – | 1,56 |
Março | 1,62 | 3,20 | 3,20 |
Abril | 1,06 | – | 4,29 |
Maio | 0,47 | – | 4,78 |
Junho | 0,67 | 2,22 | 5,49 |
Julho | -0,68 | – | 4,77 |
Agosto | -0,36 | – | 4,39 |
Setembro | -0,29 | -1,32 | 4,09 |
Outubro | 0,59 | – | 4,70 |
Novembro | 0,41 | – | 5,13 |
Dezembro | 0,62 | 1,63 | 5,79 |
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Na sequência, veio Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. Já a maior variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo Habitação (0,07%) ficou próximo da estabilidade e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos pesquisados. Na tabela a seguir, o resultado de todos os grupos de produtos e serviços.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
2021 | 2022 | 2021 | 2022 | |
Índice Geral | 10,06 | 5,79 | 10,06 | 5,79 |
Alimentação e bebidas | 7,94 | 11,64 | 1,68 | 2,41 |
Habitação | 13,05 | 0,07 | 2,05 | 0,01 |
Artigos de residência | 12,07 | 7,89 | 0,46 | 0,31 |
Vestuário | 10,31 | 18,02 | 0,45 | 0,78 |
Transportes | 21,03 | -1,29 | 4,19 | -0,28 |
Saúde e cuidados pessoais | 3,70 | 11,43 | 0,49 | 1,42 |
Despesas pessoais | 4,73 | 7,77 | 0,49 | 0,77 |
Educação | 2,81 | 7,48 | 0,17 | 0,42 |
Comunicação | 1,38 | -1,02 | 0,08 | -0,05 |
A alta de 11,64% do grupo Alimentação e bebidas foi puxada pela alimentação no domicílio (13,23%). Os destaques foram a cebola (130,14%), que teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. Os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022, quando a alta acumulada no ano chegou a 77,84%.
A partir de agosto, com a proximidade do fim do período de entressafra, os preços iniciaram uma sequência de quedas até o final do ano, sendo a mais expressiva delas em setembro (-13,71%). No caso da cebola, a alta está relacionada à redução da área plantada, ao aumento do custo de produção e a questões climáticas. Outros destaques foram a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o pão francês (18,03%).
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve aumento de 5,86%, a alta do lanche foi de 10,67%.
Em Saúde e cuidados pessoais (11,43%), a maior contribuição (0,61 p.p.) veio dos itens de higiene pessoal (16,69%), em especial os perfumes (22,61%) e os produtos para cabelo (14,97%). Outro destaque foi o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto de 0,25 p.p. no IPCA acumulado do ano. No final de maio, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou o teto para reajuste dos planos individuais novos (posteriores à lei nº 9.656/98) em 15,50% para o período de maio de 2022 a abril de 2023.
A partir de outubro, passaram a ser incorporadas as frações referentes aos planos antigos, com vigência retroativa a partir de julho. Destaca-se, ainda, a alta de 13,52% dos produtos farmacêuticos. Em 1º de abril de 2022, passou a valer o reajuste de até 10,89% nos preços dos remédios definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a depender da classe terapêutica e do perfil de concorrência das substâncias.
No grupo Vestuário (18,02%), os preços das roupas femininas (21,35%) e das roupas masculinas (20,77%) acumularam altas acima de 20% no ano. As variações das roupas infantis e dos calçados e acessórios ficaram em 14,41% e 16,83%, respectivamente, enquanto as joias e bijuterias (3,67%) tiveram a menor variação. Houve alta acentuada no preço do algodão, uma das principais matérias-primas do setor, entre abril de 2020 e maio de 2022. Outros custos de produção também subiram e houve uma retomada da demanda, após a flexibilização do isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19.
Em Habitação (0,07%), as principais contribuições positivas vieram do aluguel residencial (8,67%), da taxa de água e esgoto (9,22%) e do condomínio (6,80%). Juntos, os três subitens contribuíram com cerca de 0,62 p.p. no IPCA acumulado de 2022. Vale mencionar ainda as altas de quase 20% dos artigos de limpeza (19,49%) e de pouco mais de 6% no gás de botijão (6,27%). Por outro lado, houve queda de 19,01% na energia elétrica residencial, com impacto de -0,96 p.p. no índice acumulado do ano.
Embora a conta padrão de energia elétrica considere diversos componentes, a fixação de alíquotas máximas de ICMS a partir da Lei Complementar 194/22 foi decisiva para o recuo dos preços da energia elétrica, em conjunto com a manutenção da bandeira tarifária verde de abril a dezembro, após a adoção da bandeira de escassez hídrica nos primeiros meses do ano. As variações mensais e as bandeiras tarifárias em cada mês são mostradas na tabela a seguir:
IPCA – Energia elétrica – bandeira tarifária mês a mês | |||
Mês | Variação Mensal | Bandeira tarifária | Cobrança adicional |
Janeiro | -1,07% | Escassez Hídrica | R$ 14,20 |
Fevereiro | 0,15% | Escassez Hídrica | R$ 14,20 |
Março | 1,08% | Escassez Hídrica | R$ 14,20 |
Abril* | -6,27% | Escassez Hídrica | R$ 14,20 |
Maio | -7,95% | Verde | – |
Junho | -1,07% | Verde | – |
Julho | -5,78% | Verde | – |
Agosto | -1,27% | Verde | – |
Setembro | 0,78% | Verde | – |
Outubro | 0,30% | Verde | – |
Novembro | 0,56% | Verde | – |
Dezembro | 0,20% | Verde | – |
*Bandeira verde a partir de 16/04 |
Nos Transportes, o maior impacto positivo (0,49 p.p.) veio do subitem emplacamento e licença (22,59%). A alta do IPVA em 2022 deve-se sobretudo ao aumento no preço dos automóveis em 2021, já que a cobrança é baseada no valor venal dos veículos no final do ano anterior. Os preços dos automóveis novos (8,19%) e usados (2,30%) continuaram subindo em 2022, embora em ritmo menor que o de 2021 (16,16% e 15,05%, respectivamente).
Outra alta importante foi das passagens aéreas, que subiram 23,53% e contribuíram com 0,14 p.p. no acumulado do ano. No lado das quedas, destaca-se a gasolina (-25,78%), responsável pelo impacto negativo mais intenso (-1,70 p.p.) entre os 377 subitens que compõem o IPCA. Os preços da gasolina caíram de forma mais expressiva entre julho e setembro, em decorrência de uma série de reduções no preço do combustível nas refinarias e da aplicação da Lei Complementar 194, que limitou a cobrança de ICMS sobre os combustíveis pelos estados.
A região metropolitana do Rio de Janeiro (6,65%) teve a maior variação em 2022, influenciada pelas altas do seguro voluntário de veículo (45,36%), de emplacamento e licença (29,22%) e dos produtos farmacêuticos (16,98%). O menor resultado, por sua vez, ocorreu na região metropolitana de Porto Alegre (3,61%), puxado para baixo pelas quedas de 30,90% nos preços da gasolina e de 33,18% na energia elétrica residencial.
Região | Peso Regional (%) | Variação anual (%) | |
2021 | 2022 | ||
Rio de Janeiro | 9,43 | 8,58 | 6,65 |
São Paulo | 32,28 | 9,59 | 6,61 |
Salvador | 5,99 | 10,78 | 6,29 |
Brasília | 4,06 | 9,34 | 6,26 |
São Luís | 1,62 | 9,91 | 6,10 |
Aracaju | 1,03 | 10,14 | 6,03 |
Recife | 3,92 | 10,42 | 5,80 |
Fortaleza | 3,23 | 10,63 | 5,76 |
Rio Branco | 0,51 | 11,43 | 5,70 |
Belém | 3,94 | 8,10 | 5,56 |
Curitiba | 8,09 | 12,73 | 5,26 |
Campo Grande | 1,57 | 10,92 | 5,16 |
Vitória | 1,86 | 11,50 | 5,03 |
Goiânia | 4,17 | 10,31 | 4,77 |
Belo Horizonte | 9,69 | 9,58 | 4,64 |
Porto Alegre | 8,61 | 10,99 | 3,61 |
Brasil | 100,00 | 10,06 | 5,79 |
INPC sobe 0,69% em dezembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 0,69% em dezembro, 0,31 p.p. acima do resultado observado em novembro (0,38%). Em dezembro de 2021, a taxa foi de 0,73%.
Os produtos alimentícios passaram de 0,55% de variação em novembro para 0,74% em dezembro. A variação dos não alimentícios também foi maior: 0,67% em dezembro frente à alta de 0,32% no mês anterior.
Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em dezembro. A maior ocorreu no município de Rio Branco (1,40%), puxada pela alta da energia elétrica (8,76%). Já o menor resultado foi registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,21%), influenciada pela queda de 3,59% na conta de energia elétrica.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Novembro | Dezembro | Ano | ||
Rio Branco | 0,72 | 0,12 | 1,40 | 5,22 |
São Luís | 3,47 | 0,29 | 1,04 | 6,72 |
Belém | 6,95 | 0,15 | 0,95 | 5,54 |
Recife | 5,60 | 0,31 | 0,91 | 6,41 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,63 | 0,84 | 4,73 |
Curitiba | 7,37 | 0,21 | 0,76 | 4,50 |
Goiânia | 4,43 | 0,95 | 0,75 | 5,61 |
Fortaleza | 5,16 | 0,29 | 0,73 | 6,05 |
São Paulo | 24,60 | 0,37 | 0,69 | 7,22 |
Aracaju | 1,29 | -0,04 | 0,67 | 6,53 |
Vitória | 1,91 | 0,10 | 0,65 | 4,47 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,48 | 0,59 | 3,05 |
Salvador | 7,92 | 0,21 | 0,58 | 7,02 |
Brasília | 1,97 | 1,20 | 0,57 | 5,67 |
Campo Grande | 1,73 | 0,23 | 0,30 | 5,13 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,34 | 0,21 | 6,45 |
Brasil | 100,00 | 0,38 | 0,69 | 5,93 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de novembro a 27 de dezembro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 29 de novembro de 2022 (base).
INPC fecha o ano com alta de 5,93%
A alta acumulada do INPC em 2022 foi de 5,93%, abaixo dos 10,16% registrados em 2021. Os alimentícios tiveram alta de 11,91%, enquanto os não alimentícios variaram 4,08%. Em 2021, o grupo Alimentação e bebidas havia apresentado variação de 7,71% e, os não alimentícios, de 10,93%. Na tabela a seguir, os resultados por grupo de produtos e serviços.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
2021 | 2022 | 2021 | 2022 | |
Índice Geral | 10,16 | 5,93 | 10,16 | 5,93 |
Alimentação e bebidas | 7,71 | 11,91 | 1,86 | 2,81 |
Habitação | 13,85 | 0,45 | 2,43 | 0,08 |
Artigos de residência | 12,74 | 8,08 | 0,58 | 0,38 |
Vestuário | 9,94 | 18,29 | 0,50 | 0,93 |
Transportes | 19,29 | -2,15 | 3,70 | -0,45 |
Saúde e cuidados pessoais | 3,90 | 12,99 | 0,44 | 1,39 |
Despesas pessoais | 5,50 | 7,85 | 0,43 | 0,59 |
Educação | 3,29 | 7,57 | 0,14 | 0,31 |
Comunicação | 1,29 | -2,04 | 0,08 | -0,11 |
Quanto aos índices regionais, a maior taxa ficou com a região metropolitana de São Paulo (7,22%), especialmente por conta das altas do emplacamento e licença (23,66%) e do aluguel residencial (10,48%). A menor variação ocorreu na região metropolitana de Porto Alegre (3,05%), cujo resultado foi influenciado pelo recuo nos preços da gasolina (-30,90%) e da energia elétrica residencial (-32,79%).
Região | Peso Regional (%) | Variação anual (%) | |
2021 | 2022 | ||
São Paulo | 24,60 | 10,19 | 7,22 |
Salvador | 7,92 | 11,09 | 7,02 |
São Luís | 3,47 | 9,38 | 6,72 |
Aracaju | 1,29 | 9,69 | 6,53 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 8,78 | 6,45 |
Recife | 5,60 | 10,18 | 6,41 |
Fortaleza | 5,16 | 10,80 | 6,05 |
Brasília | 1,97 | 9,83 | 5,67 |
Goiânia | 4,43 | 9,48 | 5,61 |
Belém | 6,95 | 7,75 | 5,54 |
Rio Branco | 0,72 | 11,06 | 5,22 |
Campo Grande | 1,73 | 10,85 | 5,13 |
Belo Horizonte | 10,35 | 9,55 | 4,73 |
Curitiba | 7,37 | 12,84 | 4,50 |
Vitória | 1,91 | 11,44 | 4,47 |
Porto Alegre | 7,15 | 11,38 | 3,05 |
Brasil | 100,00 | 10,16 | 5,93 |