Desde a meia-noite desta quarta-feira (25) entrou em vigor um aumento de 7,5% no litro da gasolina vendida pela Petrobras para as distribuidoras. Segundo nota distribuída pela Petrobras, o preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), cujo mandato no Senado se encerra no próximo dia 1º de fevereiro, ainda não assumiu a direção da Petrobras, o que deverá ocorrer nesta quinta-feira (26). Ele foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar a Petrobras. Em suas redes sociais, Prates não comentou sobre o aumento determinado pela empresa, onde o Governo federal detém apenas 36,54% do controle das ações com direito a voto. São 28,6% de ações de propriedade do Governo federal, 6,90% do BNDESPar e 1,04% do BNDES. Os acionistas privados detêm 62,08% do controle acionário e decidiram anunciar o aumento antes da posse do novo presidente.
Justificativa da Petrobras
“Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, disse a Petrobras em nota divulgada à imprensa para justificar o aumento de preços n gasolina.
Por sua vez Jean Paul Prates optou em não comentar em suas redes sociais sobre o aumento, que anunciado horas antes de assumir a direção da empresa. No mesmo instante do anuncio da elevação no valor da gasolina, Prates optou em combater a continuidade de uso de combustíveis fósseis e mostrar a opção do hidrogênio, como sendo o combustível do futuro. O novo dirigente fez essa publicação nas suas contas do Instagram e no Facebook.
“O hidrogênio é considerado o combustível do futuro por ser uma fonte de energia renovável e não poluente para o meio ambiente”, assinalou. Ele ainda disse que o “Brasil também tem condições de produzir hidrogênio a partir da extração do metano, do CO2 do PréSal e, inclusive, a partir do processamento do etanol de cana, por exemplo.” “Essa vertente é muito importante para o nosso país, visto que ainda somos dependentes da produção de petróleo e gás por várias décadas, apesar da sua gradual e desejável substituição. A consideração desta modalidade transitória ajudará a acelerar a viabilização do hidrogênio sustentável”, completou.