Novo guia da Organização Pan-Americana da Saúde será usado para treinar educadores; braço da OMS nas Américas afirma que prevenção de distúrbios emocionais e comportamentais continua sendo uma prioridade fundamental da saúde pública global
Quase metade dos problemas de saúde mental nas Américas começa durante a infância. Por isso, a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, lançou uma ferramenta inovadora para educadores de escolas primárias.
O manual “Promovendo o bem-estar e a saúde mental nas escolas” é um guia de autoaprendizagem, baseado em evidências, que será usado para treinar professores na educação em saúde mental. O estudo está disponibilizado no idioma inglês, mas, de cordo com a Opas, há planos de traduzir a publicação para outros idiomas para incentivar o público leitor.
Prevenção e controle
Segundo o braço da OMS nas Américas, uma pesquisa comprova que o investimento em medidas preventivas e de controle ao longo da vida humana, reduz a carga econômica e de saúde dos transtornos mentais. Além de melhorar o acesso aos cuidados.
O estudo, recentemente concluído no Suriname e atualmente em andamento na Guiana, também destacou que é mais econômico priorizar o investimento em saúde mental, já que os benefícios contribuem para o aumento da produtividade e crescimento econômico.
Prioridade de saúde pública
O projeto colaborativo inclui especialistas do Escritório Sub-regional de Coordenação de Programas da OPAS/OMS para o Caribe, a Unidade de Saúde Mental e Uso de Substâncias e seu Centro Colaborador para Pesquisa e Treinamento em Saúde Mental da McGill University e o Douglas Mental Health University Institute.
O diretor de Programa Sub-regional da Opas no Caribe disse que a prevenção de distúrbios emocionais e comportamentais continua sendo uma prioridade da saúde pública global.
Dean Chambliss afirma que as abordagens psicológicas, comportamentais e sociais baseadas em evidências contribuem significativamente para a saúde mental positiva, reduzindo comportamentos de risco, transtornos mentais, automutilação e suicídio.
Diminuição do estigma
Já o chefe da Unidade de Saúde Mental e Uso de Substâncias da Opas, Dr. Renato Olivera e Souza, ressalta que a alfabetização em saúde mental diminui o estigma em torno dessa condição.
Além de aumentar a compreensão de professores e alunos sobre como otimizar e manter uma boa saúde mental, e apoiando aqueles que procuram ajuda.