fbpx
Início > Pastor evangélico americano vem ao Brasil e faz discurso de ódio contra comunidade LGBTQIA+

Pastor evangélico americano vem ao Brasil e faz discurso de ódio contra comunidade LGBTQIA+

Pastor evangélico americano, David Eldridge, veio ao Brasil para fazer pregação de ódio contra comunidade LGBTQIA+ e, ao cometer crime de LGTBfobia virou alvo de inquérito criminal pela Polícia Civil do Distrito Federal | Vídeo: Assembleia de Deus

Pastor evangélico americano faz pregação de ódio contra comunidade LGBTQIA+ em Brasília e virou alvo de inquérito criminal aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal, local onde o crime de racismo ocorreu. Os ataques de ódio do pastor David Eldridge foram feitos durante um congresso da União das Mocidades das Assembleia de Deus de Brasília, no início desta semana. O evento teve apoio institucional do Governo do Distrito Federal.

O inquérito policial foi instaurado após denúncia feita pela Aliança Nacional LGBTI+ e pela Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABFH). Tanto o pastor que fez a pregação de ódio quanto os pastores da Assembleia de Deus, responsáveis pela difusão do vídeo, são passíveis de responder à legislação brasileira pelo crime de racismo na modalidade LGBTfobia. A pena vai de dois a cinco anos de prisão.

Discurso de incentivo ao ódio e a intolerância

Nesta última quarta-feira (22), a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas acionaram a Delegacia Especial de Repressão a crimes de Intolerância do DF (DECRIN) contra o pastor David Eldridge e eventuais responsáveis pelo evento realizado no último domingo, dia 19 de fevereiro. Na ocasião o pastor disse em tom agressivo e rodeado por lideranças das igrejas que patrocinaram o evento que a população LGBTI+ tem um espaço reservado no inferno.

O diretor presidente das associações, Toni Reis, afirma que “não podemos tolerar o discurso de ódio. A verdade religiosa deve ser respeitada desde que as falas não incentivem o ódio e a intolerância. Falas como essa fazem com que pessoas sejam espancadas, expulsas de casa e causam discriminação e violência”.

A coordenadora das áreas jurídicas das associações, Amanda Souto Baliza, afirma que “discursos como esse fomentam a violência que cresce mais a cada ano no país, a intolerância deve ser combatida com o máximo rigor, especialmente agora que com a recente alteração da lei de racismo há previsão expressa de crimes de ódio cometidos no âmbito religioso”.

Segundo o diretor presidente das associações, Toni Reis, afirma que “não podemos tolerar o discurso de ódio. A verdade religiosa deve ser respeitada desde que as falas não incentivem o ódio e a intolerância. Falas como essa fazem com que pessoas sejam espancadas, expulsas de casa e causam discriminação e violência”.

Denúncias ao YouTube

A comunidade LGBTQIA+ pode fazer a denúncia do vídeo, que se encontra neste link ao YouTube, que poderá removê-lo de sua plataforma. O discurso de ódio se encontra entre os 25 minutos e 56 segundos e 26 minutos e 28 segundos. O vídeo em questão se encontra no canal da nião de Mocidades das Assembleias de Deus de Brasília (UMADEB).

David Eldridge é pastor na Igreja Batista Memorial de Dawson, que fica na Rua Oxmoor, 1114, em Birmingham, no Estado americano de Alabama. A Polícia Civil de Brasília não informou se o pastor já foi notificado sobre o crime que cometeu no Brasil e nem se ele ainda se encontra no País.

O deputado distrital de Brasília, Fábio Félix (PSOL), fala no SBT sobre o crime cometido pelo pastor americano | Vídeo: Facebook

Deputado distrital

O deputado distrital de Brasília, Fábio Félix (PSOL), usou as suas redes sociais para criticar o discurso de ódio do americano. Ele diz que tinha concedido uma entrebvidsta ao SBT de Brasília, onde falou sobre as “falas LGBTfóbicas aqui em Brasília”. “Somos o país que mais mata LGBTQIA+ no mundo. Discursos inflamados e discriminatórios como aquele contribuem para a estigmatização da nossa comunidade”, alertou o parlamentar distrital.

“Isso não é liberdade religiosa ou liberdade de expressão. Isso é crime de ódio. Estamos falando de um País que mais mata LGBTs do mundo e nós vamos representar, tanto no Ministério Público do Distrito Federal quanto na Delegacia Especializada para que investiguem crime nesse caso, absurdo, de estigmatização e desqualificação da população LGBTQIA+”, disse o parlamentar na entrevista ao SBT.