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Camila Valadão e Iriny Lopes vão comandar a Comissão dos Direitos Humanos na Ales

Deputada estadual Camila Valadão (PSOL) é a nova presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) | Foto: Reprodução/Redes sociais

De nada adiantou os parlamentares estaduais e até federais, que representam a extrema-direita no Espírito Santo, fazer convocação pelas redes sociais para que a claque conservadora fosse ao Legislativo estadual para fazer pressão e eleger seus representantes na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Foram derrotados. Com três votos favoráveis, deputada estadual Camila Valadão (PSOL) foi eleita presidente e a deputada Iriny Lopes (PT) foi eleita como vice.

Os opositores de extrema-direita, o deputado estadual Lucinio Castelo de Assumção, o capitão Assumção (PL), que continua usando tornozeleira eletrônica por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, desejava ser o presidente do colegiado. Segundo a Ales, essa Comissão “tem por atribuição defender os direitos individuais e coletivos, prevenir suas possíveis violações e promover e incentivar as minorias e os setores sociais discriminados.”

O parlamentar da extrema-direita tinha como companheiro de chapa, para o cargo de vice-presidente da Comissão, o deputado estadual Lucas da Re Polese (PL). Além desses dois e da nova presidenta e a vice eleita, o colegiado ainda tem entre os membros efetivos o deputado estadual João Coser (PT). Ao votar em Camila Valadão, foi Coser quem garantiu a vitória dos parlamentares progressistas.

Os cinco integrantes da Comissão reunidos. Na foto, da esquerda para a direita os deputados João Coser, Camila Valadão, Iriny Lopes e os direitistas do PL: Capitão Assunção e Lucas Polese | Foto: Reprodução/Redes sociais

“Pós-graduação em divergência política”

Após a votação, os cinco parlamentares votantes e que compõe a comissão de forma efetiva fizeram discursos, para justificar o voto. Na condição de presidente recém-eleita, Camila falou sobre a necessidade de ampliar as políticas públicas para todos e que não terá receio das divergências políticas. “Fiz pós-graduação em divergência política na Câmara de Vitória”, disse Camila. Ela se referiu aos calorosos embates que houve no legislativo municipal com os vereadores bolsonaristas da Capital capixaba.

“Vitória! Nosso mandato assume a partir de hoje (28 de fevereiro) a presidência da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos aqui na Assembleia Legislativa. Essa é mais uma importante conquista coletiva e uma derrota dos resquícios do bolsonarismo em nosso estado”, disser a deputada do PSOL em suas redes sociais

“Os conservadores até tentaram ocupar a Comissão de Direitos Humanos no grito e na produção de fake news, mas nós batemos o pé e nos movimentamos para ocupar esse espaço tão importante para a população capixaba, em especial, para as mulheres, negras e negros, LGBTI+, pessoas com deficiência e tantos outros grupos oprimidos. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo é presidida agora por uma mulher! Por uma presidenta! A Comissão de Direitos Humanos é nossa!”, completou a deputada do PSOL.

Camila Valadão e Iriny Lopes comemoram a vitória sobre os deputados da extrema-direita | Foto: Reprodução/Redes sociais

Comissão comandada por duas mulheres

A vice-presidente do colegiado, a deputada Iriny Lopes também festejou a vitória nas redes sociais. “A Comissão de Direitos Humanos será comandada por mulheres que têm, de fato, compromisso com os direitos humanos! A deputada Camila Valadão foi eleita presidenta da comissão e, com muita honra, serei a vice-presidenta”.

E completou: “A sociedade acompanhou a disputa que foi travada pela presidência, mas o resultado não podia ser outro. Se o nosso compromisso é com os direitos humanos de todas as pessoas, a comissão deve ser conduzida por quem tem trajetória na defesa desses direitos, não por quem procura fazer demagogia para inflamar suas bases. Espero que, com a definição, possamos produzir e entregar aquilo que a sociedade precisa. O Espírito Santo é um estado que necessita muito de nossa atuação.”