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Greenpeace comemora decisão da Hyundai de não vender escavadeira para o garimpo ilegal


Em recente relatório divulgado pelo Greenpeace, foi constatada a existência de 176 escavadeiras atuando clandestinamente dentro de reservas indígenas. Desse total, 75 era de fabricação da coreana Hyundai


Protesto do Greenpeace na porta da fábrica de escavadeiras da Hyundai, no RJ, surtiu efeito positivo | Foto: Greenpeace

A ONG internacional Greenpeace está comemorando a decisão da fabricante coreana de escavadeiras Hyundai em dar a sua contribuição para frear o uso de seus equipamentos pelo garimpo ilegal. “Após pressão do Greenpeace, empresa coreana deixará de vender temporariamente suas escavadeiras em áreas próximas às Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami”, enfatizou a entidade.

Em meados deste mês, o Greenpeace divulgou o relatório “Parem As Máquinas! Por Uma Amazônia Livre de Garimpo”, onde apontava a existência de 176 escavadeiras sendo utilizadas pelo garimpo ilegal dentro dos territórios indígenas  Kayapó, Munduruku e Yanomami. Desse total, 75 escavadeiras eram da marca Hyundai. A íntegra do documento e maiores detalhes da ação que o Greenpeace promoveu na frente da fábrica da Hyundai, em Itatiaia (RJ) está disponível neste link.

Além da manifestação em frente a unidade industrial da Hyundai, o Greenpeace coletou mais de 12 mil assinaturas “pedindo à Hyundai Construction Equipment (HCE) para se tornar parte da solução no combate a esse crime.” Com a decisão da indústria coreana em contribuir para evitar o uso das escavadeiras no crime de destruição ambiental, a ONG enviou para cada uma das 12 mil pessoas que assinaram o abaixo-assinado um e-mail de agradecimento.

“Após essa pressão, a empresa admitiu que a destruição da Amazônia e a violação do modo de vida dos povos indígenas são problemas sérios. E mais: em comunicado publicado no seu site, a Hyundai HCE se comprometeu a deixar de vender escavadeiras em áreas próximas às terras Kayapó, Munduruku e Yanomami”, disse o Greenpeace.

A marca Hyundai é a preferida dos garimpeiros ilegais | Foto: Divulgação

Íntegra do comunicado da Hyundai:

A Hyundai postou seu comunicado no site oficial da sua matriz, na Coréia do Sul, neste link. O documento está escrito em coreano. A seguir leia a íntegra do posicionamento do fabricante traduzido pelo Google tradutor, em português:

“Para criar um ‘mundo melhor, futuro mais brilhante’, HD Hyundai Construction Equipment

Estamos praticando a gestão ESG.

Recentemente, sintimos muito pelos danos ambientais ilegais e pelos danos causados por eles em todo o mundo, incluindo a Amazônia.

Como uma empresa que cumpre suas responsabilidades sociais, a empresa evitará tais atividades com antecedência e se esforçará para criar uma sociedade sustentável para suas partes interessadas por meio dos direitos humanos e da proteção ambiental.

Além disso, no nível da empresa, queremos expandir o escopo das atividades ESG de revendedores e clientes junto com a cadeia de suprimentos para que nossos produtos possam contribuir para o desenvolvimento da humanidade.

A HD Hyundai Construction Equipment renascerá como uma empresa mais confiável em cada área da ESG por meio de uma série de atividades.

Simpatizamos profundamente com o fato de que a destruição do meio ambiente amazônico e a violação dos povos indígenas devido à mineração ilegal são problemas sérios, e a HD Hyundai Construction Equipment fará esforços para proteger o meio ambiente amazônico.

Para evitar o uso ilegal de equipamentos pesados da HD Hyundai Construction Equipment na bacia amazônica, o processo de vendas e o sistema de conformidade serão fortalecidos e, até que essas medidas entrem em vigor, os três estados (Amazonas, Pará e Roraima) na Amazônia estará envolvido em uso ilegal. Pararemos de vender equipamentos de construção pesada (incluindo manutenção e peças).

A subconcessionária com a BMG, que liderou as vendas para mineradores ilegais, também será rescindida em consulta com a BMC, uma revendedora da subsidiária brasileira da HD Hyundai Construction Equipment.

Participaremos fielmente tanto quanto possível para proteger o meio ambiente e os povos indígenas da Amazônia, e cooperaremos com o governo brasileiro na medida do necessário para esse fim.”