A data é comemorada no segundo domingo do mês de maio, e este ano, ocorrerá no dia 14 de maio
Considerada a segunda data mais importante do comércio no país, ficando atrás apenas do Natal, o Dia das Mães deve movimentar R$ 281 milhões em vendas no Espírito Santo. O levantamento foi divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) – entidade que integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) -, e traz uma expectativa de recuo de 1% no faturamento em relação ao ano passado. No Brasil, foi estimada uma queda real de 4,1% nas vendas em 2023, com faturamento de cerca de R$ 13 bilhões.
De acordo com a análise da Federação, a expectativa de recuo este ano vem de um cenário econômico menos favorável por conta da inflação e dos juros altos – apesar da perda de ritmo de alta de preços, o nível atual de inflação ainda é sentido pelos consumidores, que deverão pesquisar para encontrar produtos com valores mais acessíveis.
O levantamento traz, ainda, os presentes mais procurados na data, que incluem vestuários, calçados e acessórios, que devem responder por 44,6% do faturamento no Dia das Mães. Além disso, móveis e eletrodomésticos (16,3%); e perfumaria e cosméticos (16%) também figuram na lista dos produtos mais demandados. O valor médio desembolsado pelos capixabas para o presente das mães deve ficar em torno de R$ 200.
De acordo com Idalberto Moro, presidente da Fecomércio-ES, além de contribuir para alta nas vendas do comércio, o Dia das Mães também é uma oportunidade para movimentar a cadeia de serviços, especialmente os de alimentação fora de casa, salões de beleza e estética. “Uma data comemorativa sempre tem o efeito de impulsionar as vendas, ainda que as famílias estejam com os orçamentos um pouco mais apertados. O Dia das Mães é considerado o Natal do primeiro semestre, por isso temos otimismo com a data”, pontuou.
Fecomércio-ES
A Fecomércio-ES integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC), representando 137 mil empresas, que respondem por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba e empregam 719 mil pessoas. O Sistema Fecomércio-ES atende todo o Espírito Santo, seja por meio das suas 31 unidades em mais 15 municípios ou das ações itinerantes. Representa 22 sindicatos empresariais e tem a missão de contribuir para o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo.
Mais da metade dos brasileiros pretende presentear as mães
Levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que 51,8% dos brasileiros pretendem comprar presentes para o Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, dia 14 de maio. No mesmo período de 2022, 50% dos consumidores admitiram que iam às compras. O levantamento, com base em 1.663 entrevistados em âmbito nacional, mostra também que 30,2% não têm a intenção de fazer compras no período, enquanto outros 18% não sabem.
Segundo os dados, do grupo de entrevistados que planejam presentear suas mães, 41,2% pretendem gastar mais do que em 2022, com a grande maioria dos que pretendem gastar, 78,8%, dizendo que devem desembolsar entre R$ 50 e R$ 300. Enquanto 30% demonstram o contrário, índice menor do que em 2022.
A maioria das compras deve ser feita em pequenos estabelecimentos e comércios (46,2%). Já a maioria pretende adquirir produtos de forma presencial, em lojas físicas (61%). A área de vestuário segue como um dos principais itens para presentear as mães, com 57,7%, percentual menor do que o da pré-pandemia (80%).
Produtos beleza, jóias e bijuterias
A pesquisa também indica que os presentes da área de beleza, além de joias e bijuterias, continuam sendo lembrados para as mães, e perfazem cerca de 61,5% das intenções de compras. Houve redução nas áreas de móveis e eletrodomésticos, além dos digitais, que juntos alcançam cerca de 36,2%, ante quase 73% registrados na pesquisa de 2022. Chocolates são mencionados por 15,7% das preferências.
O levantamento indica ainda que há importante diminuição da disposição a comprar de forma parcelada, em relação às intenções de 2022. Mas para a maioria dos itens continua observando-se a preferência pela utilização de dinheiro em espécie e cartões de débito, se comparado à modalidade PIX como forma de pagamento à vista.
“Essa importante mudança poderia estar associada ao retorno das atividades presenciais, reduzindo a prática do home office e a permanência no lar, e também poderia indicar a menor disposição a comprar itens mais caros, dado o menor crescimento da renda e o encarecimento do crédito. A baixa intenção de aquisição de viagens, por exemplo, também poderia estar associada à piora das condições financeiras enfrentada pelas famílias. Essa diminuição da intenção de parcelamento das compras poderia estar associada aos maiores juros, menores prazos de financiamento e menor disponibilidade de crédito para o consumo”, explica o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa.