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Anvisa aprova primeiro medicamento injetável contra o HIV


O remédio, mesmo sendo injetável, não é considerado como injeção pela OMS. A sua função é preventiva contra os feitos do vírus que causam a Aids


Anvisa aprova primeiro medicamento injetável contra o HIV | Imagem: Divulgação

Já está aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o primeiro medicamento injetável que previne contra o HIV. O medicamento injetável é o Cabotegravir é uma profilaxia, uma profilaxia pré-exposição (PrEP), ou seja, atua diretamente na prevenção de possíveis infecções pelo vírus causador da Aids. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deverá conduzir o projeto piloto da injeção contra Aids.

A principal diferença entre o cabotegravir e o coquetel de remédios é justamente o fato de ele ser injetável e ter um tempo de ação prolongado. As duas primeiras doses devem ser aplicadas em um intervalo de quatro semanas. Depois, os pacientes são instruídos a receber uma injeção a cada oito semanas, ou seja, a cada dois meses, o que reduz o índice do uso de medicação para seis vezes ao ano, em vez da utilização durante 365 dias.

Deve ser injetado a cada dois meses

A Anvisa emitiu o registro de novo medicamento, em forma de injeção aplicada a cada dois meses para prevenir a infecção pelo HIV. Desenvolvida pela farmacêutica GSK, o nome comercial é Apretude, e funciona como uma profilaxia pré-exposição ao vírus (PrEP).

De acordo com a OMS, apesar de ser injetável, o medicamento não é considerado como sendo uma vacina. Segundo a OMS, o Cabotegravir avalia é um imunizante caracterizado por induzir uma resposta do sistema imunológico, como por meio da produção de anticorpos ou de células de defesa.

Para isso, o remédio injetável aprovado pela Anvisa utiliza fragmentos enfraquecidos ou inativados de vírus e bactérias, ou partículas que simulem esses agentes infecciosos para que o sistema imune os reconheça e se prepare. No entanto, a recomendação é que o paciente receba o novo medicamento de forma contínua.

Eficácia de 69% acima dos comprimidos

O remédio injetável foi testado clinicamente em mulheres, mulheres trans e homens que fazem sexo com homens. Os estudos foram realizados inclusive no Brasil, em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, e os pesquisadores concluíram que a eficácia do Cabotegravir é 69% maior do que a dos comprimidos.

O nome comercial deverá ser “Apretude”. O registro concedido pela Anvisa já foi publicado no Diário Oficial da União e a autorização para o uso, no Brasil, será de responsabilidade da farmacêutica GSK, multinacional com sede em Londres, no Reino Unido.