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Condução da pandemia no ES, como se o Estado fosse uma ilha de exceção dentro do caos, é questionada

Ônibus com ar condicionado e janelas lacradas continuam circulando lotados e com pessoas sem máscaras |Foto: Walter Conde

A condução da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Espírito Santo, como se o Estado fosse uma ilha de exceção em um cenário de caos total em todo o Brasil, vem dividindo opiniões entre os capixabas. E não é diferente no legislativo estadual. A saúde permanece em pauta nos discursos dos deputados. Ao deixar a população livre e sem punições para aglomerações licitas ou em festas clandestinas, sem máscaras, há parlamentar que cobra um maior rigor do Governo do Estado.

“Chegamos ao pico mais alto: 1726 mortes em 24 horas. E as informações que nós estamos tendo de autoridades da área médica é que isso pode até dobrar. A máscara é fundamental. E ainda tem aqueles que não usam”, disse o deputado José Esmeraldo (MDB) nesta semana durante a fase de oradores. Para o deputado, é necessária uma fiscalização mais dura para que a população use o equipamento de proteção.

‘Sem máscaras é morte’

“Um indivíduo sem máscara é um irresponsável, é um genocida. Porque ele não está trazendo problemas só para ele, não. Está trazendo mortes para outras pessoas. E a gente não vê ninguém fazer nada. O cara que não usar máscara, multa ele, seja ele quem for”, complementou o emedebista José Esmeraldo.

Passageiros sem máscaras em ônibus com ar condicionado superlotado e com janelas lacradas já fazem parte do cotidiano de quem é obrigado a se locomover nos ônibus do sistema Transcol. A Ceturb, a empresa pública que administra o sistema de transporte coletivo na região metropolitana de Vitória vem agindo de forma negacionista em plena ascensão da segunda onda do contágio e morte pelo Covid-19. A Ceturb ignora a superlotação e nada faz para interditar a utilização dos ônibus com ar condicionado.

Aulas presenciais e o Covid-19

A exigência do governador Renato Casagrande (PSB) para que as aulas presenciais voltassem em pleno pico de contágio do Covid-19 começa a trazer conseqüências. Várias escolas estão sendo obrigadas a suspender as aulas presenciais por causa do contágio do vírus do Covid-19 entre alunos, professores e funcionários. Isso já ocorreu em Santa Maria de Jetibá e nesta semana em Santa Leopoldina.

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Estadual Alice Holzmeister, localizada na Rua Diretor Rúdio, no Centro de Santa Leopoldina, foi obrigada a suspender as aulas presenciais por quinze dias, após a vigilância sanitária comunicar o registro dos casos de Covid-19 entre os alunos da unidade. A instituição de ensino emitiu comunicado nas redes sociais, no formato de vídeo, para informar aos pais e responsáveis dos alunos.

Nesse comunicado, a instituição detalha que a Vigilância Sanitária Municipal teve conhecimento de que dois alunos foram infectados pela doença. O diretor do colégio disse no vídeo: “As aulas presenciais foram suspensas por 15 dias no anexo que funciona (as turmas) do 1º ao 5º. Nesse período, os trabalhos serão apenas em modo remoto”, disse. A Vigilância em Saúde tomou conhecimento do resultado positivo na tarde da última quarta-feira (04). A escola disponibilizou o telefone (27) 3266-1145 para os familiares entrar em contato e obter maiores informações.